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Economia
Terça - 06 de Maio de 2008 às 17:36

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Os agricultores brasileiros esperam para esta semana Medida Provisória que trará medidas saneadoras para parte do endividamento do setor, calculado em R$ 66 bilhões.

A MP está sendo aguardada há muito tempo. A expectativa anterior era que ela fosse conhecida pelos produtores rurais na semana passada. Mas, o Governo decidiu adiar para avaliar melhor as sugestões de alterações do setor ao texto apresentado pelos ministérios da Fazenda e Agricultura.

Como compensatório aos agricultores com parcelas de financiamento vencendo, o Conselho Monetário Nacional (CMN) prorrogou os prazos para fim de Julho (operações de custeios) e setembro (as de investimentos), todas referentes aos contratos das safras 2003/2004, 2004/2005 e 2005/2006.

De acordo com o deputado federal Homero Pereira (PR-MT), a crise de alimento no mundo pode favorecer os produtores brasileiros nessa negociação. “O governo não pode deixar os produtores perderem a possibilidade de ocupar espaço no mercado internacional com seus produtos agropecuários e nem reduzir a oferta interna. Caso a prorrogação fique aquém da expectativa, os agricultores terão dificuldade em contrair novos financiamentos para próxima safra, isso significa redução de área plantada, tal cenário seria o caos para a população brasileira, pois inevitavelmente os preços dos alimentos disparariam nas gôndolas dos supermercados do Brasil também”, disse o deputado, que também preside a Comissão do Endividamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Na opinião de Homero Pereira, um país com política agrícola séria não deixaria passar o ótimo momento para ampliar mercado. Aumentar a produção implica em sanear passivo, melhorar logística, diminuir tributação para quem produz alimento, entre outras ações de Estado importante para estimular e desenvolver o setor. Todavia, por enquanto, as negociações travadas até agora, entre deputados da bancada da Agricultura na Câmara e Senado e líderes do segmento com a equipe do Governo, representado pelos ministérios da Fazenda, Agricultura e Planejamento, foram intensas e desgastantes e está demorando mais do que necessário, segundo Pereira.

“O setor tem mostrado vitalidade e dinamismo. Além disso, o preço está aquecido no mundo, o que possibilita ganhos para o produtor, porém, não o suficiente para liquidar o passivo e ainda pagar as dívidas correntes. Precisamos de tempo, e o produtor não deixará de cumprir seus compromissos”, defendeu o deputado.





Fonte: Só Notícias

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