Venda de veículos aumenta 51% em Mato Grosso
A venda de veículos em Mato Grosso cresceu 51,4% no primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre janeiro e abril de 2008 foram vendidos no Estado 30,510 mil automóveis (entre carros pequenos, comerciais leves, ônibus, caminhões e motos) contra 20,141 mil no mesmo período do ano anterior. Desde o último bimestre de 2007, o segmento tanto estadual como nacional vem registrando altas consecutivas nas vendas, motivadas especialmente pelas facilidades oferecidas pelas revendas, como prazos e juros mais baixos.
Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e apontam que a comercialização de automóveis pequenos no período somou 8,121 mil unidades, crescimento de 58,2% sobre os 5,122 mil registrados nos quatro meses de 2007. O número de comerciais leves negociados no primeiro quadrimestre deste ano foi de 3,181 mil carris ante 1,586 mil, maior percentual de incremento entre os tipos de veículos pesquisados pela Fenabrave, totalizando 100,5% de um ano para outro.
A venda de caminhões em Mato Grosso totalizou 836 unidades no intervalo, crescimento de 59,5% sobre os 524 vendidos no mesmo período de 2007, o que demonstra que o setor do agronegócio, que mais demanda este tipo de veículo está realmente aquecido, pois é por eles que os produtos produzidos no Estado são escoados até os portos.
Para o economista Edson Miranda, o aquecimento no setor de automóveis desde o ano passado é reflexo de um comportamento global da economia. Ele afirma que se outros países vão bem economicamente, o Brasil sente o reflexo e consequentemente, os Estados também. Na análise dele, o crescimento nas vendas é em decorrência da maior demanda no mercado. "As pessoas viram condições que propiciaram a aquisição de veículos do final do ano passado para cá. É um "problema" do mercado. O setor de crédito cria as facilidades e o consumidor absorve", diz ao acrescentar que o governo também tem sua parcela de contribuição com a permissão no alongamento dos prazos para quitar um veículo que segundo Miranda, supera os 72 meses.
Para ele, nem mesmo a alta no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para controlar o consumismo vai barrar as compras, já que o valor é diluído no número de parcelas que o consumidor terá para liquidar o financiamento.
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