Brasil deve melhorar dívida e gastos, diz agência Moody's
"Os principais limites aos ratings do governo brasileiro são os índices de dívida relativamente altos que, embora em queda... ainda apresentam riscos de rolagem", explicou Leos.
"Outros limites incluem impedimentos estruturais a ajustes no Orçamento dada a alta proporção de gastos previdenciários."
A nota concedida pela agência aos títulos de dívida pública em moeda local e estrangeira do país é Ba1, a um passo do grau de investimento.
A avaliação do Brasil, no entanto, deve ser pouco afetada pela crise nos Estados Unidos e pela volatilidade nos mercados internacionais, avalia a Moody's.
"As maiores reservas internacionais reduziram consideravelmente a exposição do País aos choques externos". Na segunda-feira, dados do Banco Central mostravam reservas de mais de US$ 195 bilhões.
A Moody's também elogiou os "benefícios da continuidade da política econômica que vem sido mantida no Brasil por diversos governos". Para a agência, isso não é anulado pelo "sucesso limitado" de reformas estruturais, como da Previdência.
Na semana passada, outra instituição, a Standard & Poor's, colocou o Brasil dentro da lista de países considerados bons pagadores. A Fitch, que ainda mantém o Brasil a uma nota do grau de investimento, afirmou na quarta-feira que a classificação do país está sob "revisão ativa".
Comentários