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Economia
Terça - 06 de Maio de 2008 às 11:46

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O Brasil precisa de finanças públicas mais fortes e de um perfil melhor da dívida para alcançar o grau de investimento, afirmou a agência de classificação de risco Moody's. "Isso garantiria uma convergência sustentada em direção aos indicadores de crédito mais alinhados com ratings de grau de investimento", escreveu Mauro Leos, vice-presidente da Moody's no Brasil, no relatório anual sobre o País.

"Os principais limites aos ratings do governo brasileiro são os índices de dívida relativamente altos que, embora em queda... ainda apresentam riscos de rolagem", explicou Leos.

"Outros limites incluem impedimentos estruturais a ajustes no Orçamento dada a alta proporção de gastos previdenciários."

A nota concedida pela agência aos títulos de dívida pública em moeda local e estrangeira do país é Ba1, a um passo do grau de investimento.

A avaliação do Brasil, no entanto, deve ser pouco afetada pela crise nos Estados Unidos e pela volatilidade nos mercados internacionais, avalia a Moody's.

"As maiores reservas internacionais reduziram consideravelmente a exposição do País aos choques externos". Na segunda-feira, dados do Banco Central mostravam reservas de mais de US$ 195 bilhões.

A Moody's também elogiou os "benefícios da continuidade da política econômica que vem sido mantida no Brasil por diversos governos". Para a agência, isso não é anulado pelo "sucesso limitado" de reformas estruturais, como da Previdência.

Na semana passada, outra instituição, a Standard & Poor's, colocou o Brasil dentro da lista de países considerados bons pagadores. A Fitch, que ainda mantém o Brasil a uma nota do grau de investimento, afirmou na quarta-feira que a classificação do país está sob "revisão ativa".





Fonte: Reuters

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