Preço do álcool preocupa o consumidor brasileiro
O diesel aumentou porque o preço subiu nas refinarias. O da gasolina também, mas, segundo o governo, não era para ter diferença nas bombas porque houve um desconto igual em impostos.
Mesmo assim, teve dono de posto aproveitando a onda para aumentar os lucros. E o álcool? Em Ribeirão Preto (SP), aumento de R$ 0,10 por litro. No Rio, também. Por que aumentou o álcool? A pergunta faz sentido. Afinal, não estamos com uma supersafra de cana-de-açúcar?
O problema, segundo os usineiros, é fazer a produção chegar nas usinas que transformam a cana em álcool. Segundo eles, as chuvas dos últimos dias atrasaram a colheita. Aí, a conta é a de sempre: menos produção é igual a menos combustível nas bombas, o que significa preço mais alto.
"A chuva tem atrapalhado muito. O aproveitamento do tempo nas usinas tem sido muito baixo e cada dia que se deixa de moer cana se deixa de produzir na região centro-sul 130 milhões de litros de álcool”, diz Antonio de Pádua Ribeiro, da União da indústria de cana-de-açúcar.
Mesmo com o aumento, o preço do álcool ainda está 28% menor do que em maio do ano passado. E deve cair mais nos próximos dias se o sol sair e acelerar a colheita. Mas, para a pesquisadora Suzana Khan, o preço do álcool está especialmente sensível neste ano por causa do consumo.
Bem longe dos problemas do canaviais e sem ter como aumenar o dinheiro no bolso, os últimos dias têm sido de pesquisa e experiência para quem tem carro flex. “Subiu o preço do álcool, a gente vai agora por um pouquinho da gasolina ver se rende mais no carro”, diz um motorista.
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