<b>Justiça proíbe marcha da maconha em Cuiabá</b>
A pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, a Justiça (9ª vara criminal) concedeu liminar ontem (29/4) proibindo a marcha da maconha programada para este domingo, 4 de maio, às 14 horas, na Praça Ipiranga, centro de Cuiabá. A marcha está sendo divulgada em 200 localidades mundiais, sendo 12 cidades brasileiras, dentre as quais a capital de Mato Grosso.
O MPE do Estado foi informado pelo MP da Bahia de que a ONG marcha da maconha está organizando o evento. O MPE desenvolve uma ação conjunta com os demais estados, culminando com uma ação cautelar inominada visando impedir a realização da marcha no próximo domingo. As ações são assinadas pelos promotores de Justiça, Marcos Henrique Machado e Marcelo Ferra de Carvalho.
O MPE requisitou para a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) ir ao local e utilizar todos os meios administrativos para coibir o movimento, bem como identificar os idealizadores, responsáveis pelo evento gravar, fotografar tudo, para apuração das responsabilidades criminais. A Promotoria adverte que não se pode induzir, fazer apologia ao uso da maconha, visto que a ONG propaga a falsa idéia de que a maconha não faz mal à saúde das pessoas. 'A maconha é droga e droga continua sendo considerada crime em nosso país', destacou Marcelo Ferra, avisando que as pessoas que participarem dessa marcha que, espera que sequer aconteça em face das medidas judiciais adotadas, estarão sujeitos a responder penalmente (serão indiciados), e responderão por seus atos.
Marcelo Ferra informa que essa ação judicial não é só do Ministério Público de Mato Grosso e sim uma movimentação nacional - uma atuação conjunta em 12 capitais para evitar o uso de entorpecentes. 'A história de que a maconha não faz mal à saúde é uma grande ilusão. Se não fizesse mal seria liberada, visto que para se proibir uma substância considerada droga, entorpecente é porque gera dependência química ou psíquica, e a maconha está enquadrada como droga', destacou o promotor.
E acrescenta a importância de os pais conversar para evitar que seus filhos ingressem nesse caminho, tendo em vista que no dia que ele virar dependente ele vai começar ou a furtar para adquirir dinheiro para sustentar o vício ou virar traficante, vendendo um pouco e o resto para consumo próprio.
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