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Nacional
Quarta - 30 de Abril de 2008 às 07:18

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Após um mês de investigações, de laudos periciais, do testemunho de 65 pessoas e de muitas dúvidas que acredita ter esclarecido, a Polícia Civil de São Paulo deve concluir nesta quarta-feira (30) o inquérito sobre o caso Isabella. A delegada-assistente do 9º DP (Carandiru), Renata Pontes, deixou para o último dia, dos 30 que tinha de prazo, a entrega do relatório conclusivo que ela redigiu sobre o crime que chocou o país. O documento e o inquérito, que tem seis volumes e mais de mil páginas, pode chegar ainda pela manhã à Justiça.

A previsão é de que o relatório e os autos sejam protocolados junto ao cartório do 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana, na Zona Norte, por volta de 9h. Ainda nesta quarta-feira, o promotor do caso, Francisco Cembranelli, também recebe os documentos. Ele declarou que pretende passar o feriado analisando as informações da polícia e só deve se pronunciar sobre uma possível denúncia na semana que vem.

Na mira da Justiça estão Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella Nardoni, que morreu em 29 de março após ser atirada do 6º andar do prédio de seu pai, na Zona norte da capital paulista. Ela tinha 5 anos e a motivação do crime ainda seria um mistério para a polícia, que considera o casal como principais suspeitos.

Nesta quarta-feira (30), os policiais também devem pedir a prisão preventiva dos dois. Anna Carolina e Alexandre Nardoni já foram indiciados por homicídio doloso triplamente qualificado e chegaram a ficar uma semana presos. Apesar disso, não confessaram o assassinato da criança. A previsão é de que, depois de entregar o caso à Justiça, os delegados Calixto Calil Filho, titular do 9º DP, e Renata Pontes dêem uma coletiva para comentar o fim das investigações.

Motivo

Para o promotor Cembranelli, os investigadores "têm idéia" de qual poderia ter sido a motivação do assassinato de Isabella Nardoni. “Houve uma circunstância no momento que desencadeou os fatos”, disse na terça-feira (29) Cembranelli, fazendo referência a algo que teria ocorrido na noite de 29 de março.

No entanto, ele não deu detalhes da possível teoria da polícia e ressaltou que conhecer a motivação do crime não é fundamental para sua decisão de denunciar ou não Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá à Justiça pelo homicídio. “Já denunciei várias pessoas sem a motivação, só preciso do crime”, disse. Segundo Cembranelli, se denunciado, o casal deve demorar pelo menos um ano para ir a julgamento.





Fonte: G1

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