Seqüestrador austríaco pode pegar prisão perpétua
O austríaco Josef Fritzl, acusado de manter sua própria filha refém durante 24 anos e de ter tido com ela sete filhos, pode ser condenado à prisão perpétua se esses fatos forem devidamente comprovados judicialmente, de acordo com o ministério público.
"Pode ser condenado à prisão perpétua se for provado que houve homicídio por negligência" no caso de um dos dois gêmeos nascidos em 1996 e que morreu pouco tempo depois no porão onde sua mãe estava detida, declarou à agência de notícias France Presse um porta-voz do ministério público de Sankt-Pölten, Gerhard Sedlacek.
O segundo crime, "estupro seguido de gravidez," é suscetível de "5 a 15 anos de prisão", de acordo com essa fonte. O incesto representa uma circunstância agravante, mas não é punido senão com uma penalidade suplementar, explicou este representante do ministério público.
Já pelo seqüestro, o acusado poderá pegar uma pena de 10 anos de prisão, disse Sedlacek. "No direito austríaco, essas penas não se acumulam", assinalou.
Fritzl confessou ter seqüestrado e cometido incesto com a filha, Elisabeth, hoje com 42 anos, em um porão em sua casa em Amstetten, pode ser condenado a até 15 anos de prisão se for condenado por estupro. Nesta terça-feira, segundo reportagem da rede BBC, ele disse para a polícia que manteve a filha presa porque ela era drogada.
O homem também admitiu ser o pai de sete filhos de Elisabeth, um deles morto pouco depois de nascer.
Para o juiz de instrução nesta terça-feira, contudo, ele se recusou a falar, indicou Sedlacek. O inquérito e o ato de acusação não deverão ser concluídos "antes de vários" meses, de acordo com o representante do ministério público, que assinalou que as vítimas não puderam ser interrogadas devido a seu estado emocional abalado.
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