Créditos pagos a magistrados do TJMT foram irregulares
Créditos pagos pela administração do desembargador José Ferreira Leite a um grupo seleto de magistrados, que em sua maioria eram membros de uma loja maçônica, foram efetuados de forma irregular, mediante reajuste de uma suposta diferença de teto, conforme consta de "substancioso" relatório apresentado pela Corregedoria Geral de Justiça de Mato Grosso.
O relatório foi apresentado ao ministro-relator da sindicância 146/MT e do habeas corpus 100928/MT do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao procurador- geral da República, ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, ao procurador-geral de Justiça de MT, ao promotor do Patrimônio Público e ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate do Crime Organizado).
Dentre as irregularidades apontadas no relatório consta desde a prática de atos de improbidadade administrativa, até crime de estelionato e formação de quadrilha, cujos atores, neste episódio, são magistrados que exerciam cargos de extrema relevância na gestão do desembargador José Ferreira Leite.
Segundo consta do relatório, os magistrados envolvidos são: Marcelo de Souza de Barros, Irênio Lima Fernandes, Antonio Horácio da Silva Neto (presidente da Associação de Magistrados de Mato Grosso), Marcos Aurélio dos Reis Ferreira (filho de José Ferreira Leite).
No caso denunciado, como consta do relatório, toda a orquestração se deu com objetivo de socorrer uma loja macônica, cujos membros foram prejudicados com quebra da Cooperativa de Crédito de Poconé (Sicoob Pantanal), em novembro de 2004.
O que chama atenção é o fato de o relatório colocar às escancaras, pela primeira vez, duas instituições conceituadas e seculares como o Poder Judiciário e Maçonaria, ou pelo menos membros da mais alta potência maçônica de Mato Grosso, até então conideradas intocáveis aos olhos da sociedade brasileira e mato-grossense.
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