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Nacional
Segunda - 28 de Abril de 2008 às 14:18

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Dionice Gualberto de Brito, 34 anos, foi presa no sábado e autuada em flagrante pelo crime de cárcere privado, com pena prevista de 1 a 3 anos, e tortura (2 a 8 anos) no município de Mambaí, em Goiás. Ela é suspeita de ter queimado com água quente as costas de uma das filhas, uma menina de 9 anos, e manter acorrentada uma outra de 12 anos, que tem problemas mentais, segundo a polícia.

De acordo com o delegado Eduardo José do Prado, a menina que teria sido queimada procurou o irmão de 19 anos, que não mora mais com a mãe, para fazer a queixa. O rapaz foi até a polícia, que seguiu até a casa de Dionice no sábado.

Segundo o delegado, a menina com problemas mentais teria deixado uma chaleira com água quente para fazer café no chão da casa para a mãe pegar. A mais nova, que lavava a casa, teria deixado cair um pano dentro da chaleira. Isso teria irritado a mulher, segundo os filhos, que teria jogado a água quente nas costas da garota. A mulher diz que não jogou a água diretamente na filha, mas para cima, e o vento teria feito com que a água caísse na menina. Também explicou que acorrentava a filha com problemas mentais porque ela fugia de casa, sumia por cerca de dois dias e ainda roubava objetos. Segundo o delegado, a mãe disse que tinha vergonha dos vizinhos que iam até a sua casa para reaver os pertences roubados.

"Segundo o filho (mais velho), esse tipo de 'correção' não seria a primeira vez que acontecia. Ele disse que Dionice é uma boa mãe, mas corrigia de forma muito intensa."

Dionice foi surpreendida por policiais e recebeu voz de prisão quando fechava a porta de casa. No local, a polícia encontrou os dois filhos mais novos, um de 7 e outro de 4 anos, de cueca. A menina de 12 anos, que tem problemas mentais, estava acorrentada pelo tornozelo à cama. "Inclusive a corrente era de colocar em coleira de cachorro", disse.

O delegado informou que a mulher está presa na Cadeia Pública do município de Simulândia (GO). As meninas de 9 e 12 anos passaram por exame de corpo de delito no município de Formosa (GO). O laudo deverá ser enviado ao delegado em dois dias. Dependendo do laudo, a mulher pode ainda ter de responder por lesão corporal.





Fonte: Redação Terra

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