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Cidades/Geral
Sexta - 25 de Abril de 2008 às 13:43
Por: Laura Petraglia

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Geração de emprego e renda, dinamização da economia, melhoria de acessibilidade local e regional, expansão da fronteira agrícola, recuperação de áreas com passivos ambientais e por conseqüência, melhoria da qualidade de vida da população. Estes são resultados apontados no Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), sobre o asfaltamento de 62,8 Km da MT 235, do trecho entre Campo Novo do Parecis (396 Km a Noroeste de Cuiabá) e Sapezal (a 480 Km a Noroeste), apresentados na tarde desta quinta-feira (24.04) na Câmara de Vereadores de Campo Novo, pela empresa que realizou a pesquisa.

Mais de 800 pessoas entre moradores das duas cidades citadas, índios de diversas etnias, representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), das Prefeituras, do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), Ministério Público Federal, e do Governo do Estado, debateram sobre o asfaltamento. De acordo com o secretário de Estado de Infra-estrutura, Vilceu Marcheti, a pavimentação desta rodovia surge a partir da necessidade de melhoria da estrutura rodoviária.

“Há uma demanda na região por uma infra-estrutura básica, além dos altos custos praticados atualmente no transporte de cargas e pessoas. Queremos com essa pavimentação melhorar as condições de tráfego para que todos tenham maior acesso à escola, saúde e educação. Neste contexto estão inseridos os índios que só podem dar continuidade às suas tradições se tiverem boa alimentação somada a estes outros três itens”, relata Vilceu.

Todo o cuidado e preocupação na elaboração de um estudo sério e detalhado se deu pelo fato de que 48 dos 62,8 Km encontram-se dentro da Terra Indígena Utiariti. O cacique da Aldeia Rio Verde (Utiariti), João Garimpeiro, participou da audiência, ouviu atentamente as explicações sobre o relatório de impacto ambiental e ao final disse em nome do povo dele que é de vontade deles que o trecho seja asfaltado.

“Nós não sabemos porque os brancos complicam tanto. Nós índios queremos o asfalto. Temos que parar de complicação e fazer logo a estrada”, resumiu o cacique. Ele diz que a partir do momento em que ficou claro para todos que o asfalto não vai alterar em nada a autonomia de seu povo sobre a estrada, nem sobre as terras, nada mais tinha que ser questionado.

Depois de ouvir os anseios da população sobre a pavimentação da estrada e sem definir um prazo exato, o superintendente do IBAMA em Mato Grosso, Paulo Maia, explicou que por lei cabe ao órgão expedir a Licença Prévia (LP) para que seja feita a licitação da obra, e que tão logo o RIMA seja analisado o Ibama expedirá parecer favorável ou não à LP. A MT 235 faz parte da chamada rodovia Leste-Oeste, que há tempos é um sonho de integração de dois extremos em Mato Grosso.

Vilceu Marcheti disse que assim que obtiver a licença, a licitação para pavimentação da rodovia será aberta para várias trechos diferentes, o que significa mais celeridade para o término quando as obras começarem. "A rodovia Leste- Oeste é um sonho para a população de todo estado que acreditamos estar bem próximo de ser realizado", finalizou vilceu.





Fonte: Assessoria Sinfra-MT

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