Renda do trabalhador ainda é menor do que a de seis anos atrás
Apesar de apresentar recuperação em relação a patamares desde 2004, o rendimento médio do trabalhador brasileiro ainda está 2,4% abaixo do que era constatado há seis anos, no início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, em março de 2002.
Naquela época, o rendimento médio era de R$ 1.218, acima dos R$ 1.188,90 verificados em março deste ano. Na comparação com março de 2007, cuja média foi de 1.165,85, o incremento chega a 2%. O recorde, na série, é de R$ 1.266,59, constatados em setembro de 2002.
Na comparação com fevereiro, houve queda de 0,6% no rendimento do trabalhador. Esse resultado é justificado pelo desempenho da indústria, explicou o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo. No mês passado, o rendimento médio do empregado na indústria caiu 6% em relação a fevereiro, ficando em R$ 1.171.
"Esse resultado da indústria é normal nessa época do ano. No ano passado, o rendimento do trabalhador na indústria havia caído 6,1%", afirmou Azeredo.
Ele explicou que a indústria tem grande influência sobre o resultado geral, já que é nesse setor que estão concentrados os maiores rendimentos. Além disso, 16,8% da população ocupada está concentrada na indústria.
O setor de educação teve influência menor na queda do rendimento do trabalhador. Os empregados do setor tiveram rendimento médio de R$ 1.164,20 em março, 1,8% a menos do que o verificado em fevereiro.
Nos outros segmentos, houve aumento da renda do trabalhador. Na construção, o incremento, na comparação com fevereiro, chegou a 5,4%, com rendimento médio de R$ 935,60. Os trabalhadores do comércio tiveram renda média de R$ 936,58, aumento de 2,3% ante a fevereiro. No setor de serviços, o rendimento médio dos trabalhadores cresceu 2,5%, indo a 1.654,80.
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