Desemprego fica em 8,6% em março, diz IBGE
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil subiu para 8,6% em março, praticamente estável em relação aos 8,7% verificados no mês anterior, informou nesta quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É o menor resultado para um mês de março, desde o início da série histórica, em março de 2002. Em relação a fevereiro do ano passado, porém, o índice recuou 1,5 p.p. (ponto percentual).
O resultado de março surpreendeu o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo. Ele lembrou que normalmente, o mês de março ainda apresenta alta no nível de desempregados, acompanhando o ritmo de janeiro e fevereiro. A expectativa, pela establidade verificada na pesquisa, é que a inflexão da taxa, esperada os meses mais próximos da metade do ano, ocorra mais cedo.
"Esperava-se uma alta, o que não ocorreu. Se o cenário atual da economia se mantiver, a taxa poderá cair antes do tempo habitual.É de se esperar que se tenha o melhor abril da série, a não ser que algo dê muito errado", afirmou.
Segundo Azeredo, contribuiu para o resultado de março a criação de postos de trabalho, à medida em que o número de pessoas procurando emprego vem aumentando, e o nível de desocupados está em um patamar menor do que em anos anteriores.
"Hoje, há mais gente no mercado de trabalho de que há alguns anos", resumiu.
O contingente de desocupados totalizou 2 milhões de pessoas no total das regiões pesquisadas. Isso indica estabilidade na comparação com fevereiro, e redução de 14,1% (menos 328 mil pessoas) na comparação com março de 2007.
O número de empregados com carteira assinada também ficou estável em relação a fevereiro, e cresceu 8,7% em relação ao constatado em março de 2007. A população ocupada somou 21,3 milhões, variação negativa de 0,6% em relação a fevereiro, nas seis regiões metropolitanas pesquisadas. Na comparação com fevereiro de 2007, houve expansão de 3,5%.
Já o rendimento médio real dos trabalhadores ocupados caiu 0,6%% em relação a fevereiro, ficando em R$ 1.188,90.
Nas regiões metropolitanas avaliadas, Recife registrou queda, com taxa de 9,7%, ante 11% verificado no mês anterior.Em Belo Horizonte, a taxa de desocupação caiu para 7,2%, depois de ter ficado em 7,7%.
Em Salvador, o nível de desemprego subiu de 12,2% registrado em fevereiro, para 12,8%, em março. Movimento semelhante foi constatado em Porto Alegre, onde a taxa subiu para 6,9% em março, depois de ter ficado em 6,5% no mês anterior.
Na região metropolitana de São Paulo, o quadro ficou praticamente estável, com taxa de 9,4% em março, ante 9,3% em fevereiro.
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