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Economia
Terça - 04 de Junho de 2013 às 14:38

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A indústria brasileira, nos quatro primeiros meses de 2013, apresentou um comportamento bem diferente do observado no fim de 2012. Mesmo assim, o setor opera abaixo do patamar recorde de produção, afirmou o gerente da coordenação da indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Luiz Macedo, ao comentar os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF Brasil), divulgada nesta terça-feira.


 
"Se olharmos 2013, a indústria apresenta resultados positivos, num ritmo totalmente distinto do que terminou em 2012. Hoje, as taxas positivas são bem disseminadas", afirmou Macedo.


 
A produção industrial cresceu 1,8% em abril, após alta de 0,8% em março, queda de 2,4% em fevereiro e avanço de 2,7% em janeiro, na série dessazonalizada.


 
Em abril, dos 27 ramos investigados pela PIM-PF, 17 tiveram alta na produção. O índice de difusão da pesquisa, que aponta o percentual de produtos que tiveram aumento de produção, ficou em 61,2% em abril (ante março), acima dos 21,6% observados em dezembro (ante novembro).


 
Apesar da melhora na conjuntura industrial, na avaliação de Macedo, ele pondera que o patamar da produção industrial ainda está abaixo do recorde da série, em maio de 2011. "Isso mostra que ainda há um longo caminho para a indústria percorrer", afirmou ele.


 
Melhores condições de financiamento por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para vários setores e safra agrícola recorde influenciaram a produção de bens de capital em abril, que cresceu pelo quarto mês consecutivo. A afirmação é do gerente da coordenação da indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Luiz Macedo.


 
A PIM-PF Brasil mostrou que a produção de bens de capital cresceu 3,2% em abril, depois de aumentar 0,7% em março, 1,7% em fevereiro, e 9,3% em janeiro, feitos os ajustes sazonais. Nesse período, a categoria de uso acumulou ganho de 15,5%.


 
Na comparação com abril de 2012, a produção de bens de capital subiu 24,4%, o melhor resultado interanual desde agosto de 2010, quando cresceu 26,5%. No acumulado do ano até abril, a produção de bens de capital cresceu 13,4%, mas, em 12 meses, caiu 4,4%.


 
"Uma série de incentivos governamentais foi concedida nos últimos meses a partir da redução de custos de financiamento via BNDES para diversos segmentos, como transportes. Isso vem ajudando a alavancar a produção de bens de capital. Além disso, há também a safra recorde que aumenta a demanda especificamente por bens de capital agrícolas", afirmou Macedo. Esse crescimento de bens de capital também pode estar relacionado a uma antecipação de demanda, disse Macedo.


 
Contribuiu para esse crescimento os segmentos de veículos automotores, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, máquinas e equipamentos e outros equipamentos de transpores. "Esses setores foram puxados por aumento na produção caminhões, tratores, bens de capital da indústria e agrícola, transformadores, aviões entre outros", disse o especialista.


 
Na comparação com abril de 2012, a produção de bens de capital para a indústria cresceu 20,7%; para a agricultura 28,7%; para transporte 34%; para energia 18%; para construção 18,4%; e para uso misto 15,2%.




Fonte: Do UOL

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