Homem preso injustamente por estupro consegue a liberdade
Um homem que estava preso injustamente sob a acusação de ter estuprado a enteada conseguiu a liberdade. Osvaldo Rodrigues da Silva chegou a ser condenado a 13 anos e 5 meses de prisão e ficou detido por nove meses na Cadeia Pública de Nova Mutum. Ele só foi libertado depois que a enteada procurou a Defensoria Pública e desmentiu a acusação. Ela havia engravidado do namorado e inventou a história, já que o padrasto não aprovava o relacionamento da garota.
Osvaldo foi preso em junho de 2007. Desde o início ele disse ser inocente da acusação de estuprar a garota, que na época tinha 13 anos. A Defensoria Pública em Nova Mutum chegou a entrar com recurso de apelação, baseando-se nas declarações de Silva, que se dizia inocente e imputava o crime ao namorado da garota, Rogério Larochesk Rodrigues.
O recurso, que só tinha como prova a palavra do acusado, estava sob análise da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Nesse meio tempo, a enteada de Silva, que havia saído de casa para ir morar com o namorado em Sinop, se separou de Rodrigues e decidiu contar a verdade ao pai biológico. Com medo de falar com a mãe, a adolescente disse ao pai que havia mentido sob orientação do namorado. Como ela estava grávida, o rapaz disse que só assumiria a criança se a menina acusasse o padrasto de estupro. Silva era contra o namoro dos dois.
O pai biológico da menina contou o acontecido à mãe e eles foram até a Procuradoria da Defensoria Pública pedir ajuda para tirar Osvaldo Silva da cadeia. Na Procuradoria, a garota contou a mesma história. Mesmo já havendo um recurso de apelação em andamento, devido à importância das declarações que chegaram ao conhecimento da Defensoria, foi encaminhado ao Tribunal de Justiça um pedido de Habeas Corpus que foi julgado procedente por conta da confissão da vítima. Osvaldo deixou a cadeia no dia 9 de abril e o caso foi divulgado hoje pela assessoria da Defensoria Pública.
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