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Polícia Brasil
Sexta - 18 de Abril de 2008 às 15:16

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A Gerência de Repressão a Seqüestro e Investigações Especiais (GRSIE) da Polícia Judiciária Civil, esclareceu esta semana a morte do empresário paranaense, Mário Scapim, 51, ocorrida em 07 de março deste ano, no município de Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte). Quatro pessoas, sendo duas adolescentes e dois homens, são acusadas de estarem envolvidas na morte dele. Scapim foi atropelado na Rodovia MT-348, próximo ao vilarejo “Joaquim do Bocha”, 24 horas após ser vítima do golpe “boa noite cinderela”.

Segundo as investigações comandadas pelo delegado Luciano Inácio da Silva, da GRSIE, o objetivo do golpe era roubar a caminhonete S-10, com placa Sertanópolis (PR), que o empresário do ramo agrícola dirigia. “O crime foi premeditado, planejado e executado por duas adolescentes na companhia de um maior”, ressalta o delegado.

Na tarde da última quarta-feira (16), o delegado esteve no município de Nova Olímpia (207 km a Médio-Norte, da Capital), cidade onde moram as duas garotas, para ouvir as duas adolescentes. A adolescente A.C.B, 16, revelou em detalhes o plano à polícia. Segundo ela, a idéia foi de sua amiga C.C.P, de 17 anos. Na declaração elas contaram que queriam “arranjar uma caminhonete para que fosse vendida e assim conseguirem algum dinheiro para investir em seus futuros”. As duas contaram com a ajuda de Alisson Fernandes, 21 anos, para dirigir o veículo. Alisson teria o contado do possível comprador do carro, o que acabou não dando certo e ele tirado da jogada.

De acordo com a declaração, no dia 06 de março, as duas garotas foram de ônibus até Tangará da Serra, com o propósito de aplicar o golpe. O plano consistia em encontrar uma vítima, faze-la ingerir bebida alcoólica com algum medicamento que a fizesse dormir. Em seguida, o veículo seria roubado e vendido enquanto ele estivesse sob o efeito do medicamento. O remédio usado foi o ‘Dormonid’. “Elas colocaram o medicamento na bebida dele. Depois de 45 minutos a vítima perdeu a consciência e foi abandonada em uma estrada vicinal próxima a rodovia”, disse o delegado.

Após largarem Scapim, os três seguiram viagem para Cuiabá, onde o veículo seria vendido. Aqui eles contaram com a ajuda de Wagner Maurício de Souza, 32, especialista em desativar rastreador de carro e um dos prováveis envolvidos na receptação da caminhonete.

Para a polícia o destino do veiculo é provavelmente o desmanche. A caminhonete foi vendida pela quantia de R$ 2,5 mil. “As investigações concentram agora em descobrir o destino da caminhonete e a identidade do verdadeiro receptador”, afirma o delegado.

O delegado Luciano Inácio representou pela prisão temporária (30 dias) dos dois rapazes envolvidos. Segundo ele, o caso está esclarecido. “O inquérito será finalizado e encaminhado à justiça, que é quem vai decidir o destino dos envolvidos”, destaca.

Alisson Fernandes foi indiciado por roubo (com pena de 04 a 10 anos) e homicídio doloso (12 a 30 anos) e Vagner Maurício de Souza, por receptação. (01 a 04 anos). Quanto as adolescentes cabe ao Ministério Público Estadual, representar pela adoção de medida sócio-educativa pelo ato infracional praticado.

INVESTIGAÇÕES – O empresário Mario Scapim, foi encontrado sem documentos e enterrado como indigente, em Tangará da Serra. No início das apurações, o delegado Luciano Inácio nácio relacionou o caso da morte do empresário com o registro de desaparecimento de um homem e descobriu por meio das impressões digitais que se tratava da mesma pessoa. A partir daí, foi só uma questão de tempo para desvendar o caso.

No curso da investigação, a polícia descobriu que o empresário morreu vítima de atropelamento na rodovia MT-358, km 48, no município de Tangará da Serra, quando procurava ajuda policial. Ao pedir ajuda ele chegou a mencionar que tinha sido vítima de roubo. A informação foi registrada nos autos por um parente da vítima que visitou a região do acidente e obteve a notícia.

A polícia fez o rastreamento das faturas do cartão da vítima que foi utilizado para abastecer o veículo e usados em estabelecimentos comerciais, após o desaparecimento dele. Denúncias anônimas e informações de funcionários dos estabelecimentos onde o cartão foi utilizado levaram à polícia até os autores do crime.





Fonte: 24 Horas News

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