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Nacional
Quinta - 17 de Abril de 2008 às 15:01

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A polícia já terminou quase toda a investigação do caso Isabella e concluiu: a menina foi asfixiada e teve uma parada cardíaca antes da queda. E mais: não havia mesmo, segundo a polícia, uma terceira pessoa no apartamento naquela noite de sábado, 29 de março.

A perícia constatou que a pegada no lençol era do chinelo de Alexandre Nardoni, pai da garota. Foram analisados mais de 40 pares de calçados apreendidos no apartamento.

De acordo com os laudos, a menina sofreu um processo de esganadura dentro do apartamento, o que ocasionou uma parada respiratória. Depois, Isabella foi jogada. Segundo a perícia, o rosto de Isabella foi limpado antes de ela ser jogada pela janela. Para isso, o agressor usou uma fralda de pano e uma toalha de rosto. No apartamento foram apreendidos os dois objetos com manchas de sangue e um exame de DNA confirmou que era da menina.

A queda ocasionou um politraumatismo, com lesões nos órgãos internos.

Segundo levantamento do Instituto de Criminalística (IC), a agressão contra Isabella começou dentro do apartamento. Isso explicaria as manchas de sangue no colchão, no chão e no caminho da porta principal.

Após ter o pescoço apertado e sofrer parada respiratória, Isabella desmaiou. Por isso, os médicos legistas encontraram no corpo dela manchas vermelhas no pulmão e no coração, além de vermelhidão nas pontas dos dedos.

Depois disso, Isabella foi jogada do sexto andar do prédio, uma altura de aproximadamente 20 metros. Quando caiu no jardim do prédio do Condomínio London ainda estava viva, mas sofreu fraturas na bacia, no punho e lesões em praticamente todas as costelas.

Os legistas também encontraram problemas no estômago e no fígado. Isso, segundo eles, pode ser o sinal da queda. A conclusão do Instituto Médico-Legal (IML), que vai estar no laudo entregue para a polícia, é que Isabella morreu de politraumatismo e de asfixia.

Terceira pessoa

A polícia já suspeitava que não havia uma terceira pessoa no apartamento por causa dos depoimentos de testemunhas. O porteiro garantiu que, naquela noite, só três pessoas haviam entrado no prédio, mas em apartamentos que foram identificados.

Os peritos fizeram então um levantamento com um equipamento mais sofisticado, chamado "crimescope", que levanta vestígios que as pessoas não conseguem ver a olho nu. Nesses vestígios não há nada que indique que uma pessoa estranha à família tenha entrado no apartamento.

Outra informação importante é que o processo de asfixia de Isabella durou cerca de três minutos, o que fez com que ficasse inconsciente mais alguns minutos, até ela então ser jogada pela janela.





Fonte: G1

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