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Terça - 04 de Junho de 2013 às 08:52
Por: Renê Dióz

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Reprodução / TVCA
Réu confirmou marido da vítima (acima) como mentor do crime.
Réu confirmou marido da vítima (acima) como mentor do crime.
O operador de máquinas pesadas Kleber Azevedo dos Santos, atualmente preso por suspeita de envolvimento com a morte da empresária Ângela Cristina Peixoto em 2011, em Cuiabá, fez uso da delação premiada durante acareação no processo penal nesta segunda-feira (3) para apontar o marido da vítima, o compadre Damião Rezende, como mandante do crime, o qual ganhou repercussão devido aos requintes de crueldade.


 
A defesa de Damião nega a autoria do crime e afirma que novos fatos deverão, em breve, provocar uma reviravolta no caso.


 
Ângela foi morta no dia 15 de novembro de 2011 em casa, no Bairro Jardim Presidente, em Cuiabá. De acordo com os autos do processo, ela sofreu, amarrada,  24 golpes de faca pelo corpo. Vários objetos de sua casa também foram levados pela dupla responsável pelo crime, a qual conseguiu entrar na casa da vítima fazendo uso do controle eletrônico do portão.


 
De acordo com a acusação, a dupla foi contratada por Damião com intermédio de Kleber e levada até o local por um quinto réu. Todos se encontram presos aguardando julgamento e a acusação acredita que serão levados a júri popular. A dupla acusada de executar o assassinato já confessou o crime e apontou Damião como mandante, também fazendo uso da delação premiada.



 
De acordo com o advogado de Kleber, Marlan Ferreira da Silva, Kleber pediu o benefício da delação premiada para esclarecer que foi assediado por Damião para que lhe apresentasse uma pessoa “de rocha” (nas palavras dele) que pudesse lhe prestar um “serviço”. O operador de máquinas alegou que cumpriu o pedido feito pelo compadre pensando que tratava-se de mais uma cobrança de cheques de terceiros, o que Damião costumava fazer com frequência.


 
Kleber alegou que somente levou Damião até um local da cidade para que ele conhecesse o sujeito que faria o tal “serviço”, um dos integrantes da dupla que confessou o assassinato. Somente depois ele entendeu que poderia se tratar de algo grave sendo tramado por Damião. Segundo Marlan Ferreira, Damião omitiu que a ação seria um assassinato contra a própria esposa porque Kleber, seu compadre, era amigo dela.


 
Mandante
É justamente por Damião nunca ter explicado do que se tratava o serviço que seu advogado de defesa, David Marques, nega que a declaração de Kleber na delação premiada consista numa “entrega” efetiva de seu cliente à Justiça.


 
“Damião nunca falou sobre morte alguma. O Kleber falou que Damião precisa de alguém "de rocha" e pensou que era para cobrar cheque”, enfatizou Marques.


 
Ele, que agora tem prazo de cinco dias para entregar suas alegações finais no processo, ainda anunciou que até o momento seu cliente tem sido coagido para não revelar a identidade de um sexto envolvido no crime, chamado Marcelo, supostamente o verdadeiro responsável por entregar o controle do portão da casa da vítima aos executores do crime – os quais receberam em troca R$ 3 mil, uma caminhonete e objetos levados da residência. Sobre este sexto envolvido, Marques mais relatos na entrega de seu memorial daqui a cinco dias. “Vai haver uma reviravolta no caso devido a fatos novos”, assegura.


 
Já o assistente da acusação, advogado Luciano Augusto Neves, acredita que agora o processo deve se encaminhar para a pronúncia dos cinco réus, ou seja, a sentença para que sejam julgados por um júri popular, por tratar-se de um crime contra a vida arquitetado por Damião. “A acareação só firmou o entendimento no sentido de que Damião é o mandante”, declarou.




Fonte: Do G1 MT

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