Governo prorroga Luz para Todos até 2010
O governo manterá o programa Luz para Todos até 2010. A previsão inicial era encerrar o programa no fim desse ano, mas, com o aparecimento de novas demandas, o Ministério de Minas e Energia aumentará o número de pessoas atendidas e ampliará o prazo do programa. O Luz para Todos leva energia elétrica a localidades ainda não atendidas.
"Novas demandas surgiram. Do meu ponto de vista, ele (o programa) não se encerrará tão cedo, porque sempre surgirão novas necessidades", afirmou o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), durante a solenidade de posse do novo diretor do programa, Hélio Morito.
A meta inicial, estabelecida em 2003, era ligar 2 milhões de casas até o fim desse ano, beneficiando 7,5 milhões de pessoas. Segundo Morito, esse número será atingido, mas outros 1,17 milhão de residências ainda continuarão sem eletricidade e serão conectadas à rede elétrica em 2009 e 2010. As novas ligações custarão R$ 6 bilhões e levarão energia elétrica a outros 2,5 milhões de pessoas.
"O desafio vai ter que ser postergado. Não conseguiremos fazer esse montante até o fim do ano", disse Morito.
Em 2008, o programa será concluído em nove Estados, entre eles São Paulo e Rio de Janeiro. A expectativa é concluir em outros cinco estados em 2009 e no restante em 2010.
Constrangimento
Durante a cerimônia, o ministro Edison Lobão e as outras autoridades foram cobrados por um dos beneficiários do programa em relação às tarifas altas de energia elétrica e à falta de estrutura nas comunidades quilombolas. Convidado pelo governo para dar seu testemunho sobre o Luz para Todos, o líder comunitário Cirilo dos Santos Rosa, da comunidade quilombola Kalunga (GO), aproveitou para cobrar a construção de estradas ligando as comunidades e a diminuição do preço da energia elétrica.
"Estamos sendo um pouco explorados com a conta de energia elétrica. Fomos cobrados como zona urbana e é zona rural", reclamou.
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