Pesquisa aponta que valor de compras com cartão cresceu 25%
"O cartão de débito tem-se tornado um meio de pagamento corrente da população no país, por ser mais aceito nos estabelecimentos comerciais e também por motivos de segurança e comodidade", afirmou o presidente da Abecs, Felix Cardamone.
Este tipo de cartão é responsável pelo maior número de unidades, 205 milhões. O gasto de cada unidade subiu 20% e atingiu R$ 120 no primeiro trimestre. No total de compras foram R$ 24 bilhões, 29% a mais que no ano passado.
Já os cartões de crédito mantiveram o maior volume de gastos, com R$ 48 bilhões no período e um crescimento de 23% na comparação com o primeiro trimestre de 2007. Os cartões de lojas já somam 150 milhões de unidades em circulação, com crescimento de 23% e R$ 12 bilhões negociados.
Segundo Cardamone, as altas se devem ao crescimento da economia e da formalização do trabalho, além do aumento da renda: "Isso tem propiciado aos púbicos C e D o acesso ao crédito e, conseqüentemente, aos cartões. O maior aquecimento ocorreu nessas classes de renda".
O balanço da Abecs mostra ainda que 2007 foi o primeiro ano da história em que a média das três modalidades indicou uso de todos os cartões em circulação pelo menos uma vez por mês para o pagamento compras.
Cardamone destacou que a inadimplência no pagamento do cartão de crédito, em torno de 9% nos atrasos de mais de 90 dias, ainda é considerada alta, mas faz parte da dinâmica da economia e do produto. "Não podemos esquecer que o rotativo do cartão de crédito tem que ser utilizado para um gasto emergencial, não é um financiamento de longo prazo. Então é importante que o cliente tenha o consumo do crédito consciente", disse.
As estimativas da Abecs até o final do ano são de acréscimo de 55 milhões de cartões em circulação, chegando a 493 milhões de unidades, responsáveis por 6 bilhões de transações (17% a mais que em 2007) e movimento de R$ 375 bilhões, com alta de 20% no valor das compras. Os cartões de crédito devem chegar a 110 milhões em circulação, com R$ 218 bilhões em compras; para os de débito, a previsão é de crescimento de 20% nas vendas, somando R$ 102 bilhões; e para os de lojas, de movimentar R$ 54 bilhões, com 973 milhões de transações para 170 milhões de unidades.
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