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Economia
Quarta - 09 de Abril de 2008 às 10:09

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A inflação acumulada no 1º trimestre deste ano indica que o quadro de pressão dos alimentos verificado no ano passado permanece inalterado. No acumulado deste ano, os alimentos tem alta de 3,04%, acima dos 1,28% verificados de janeiro a março do ano passado.

Segundo Eulina dos Santos, coordenadora da pesquisa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), juntamente com o item Educação, os alimentos foram os principais responsáveis pela inflação acumulada de 1,52% em 2008, acima dos 1,28% constatados no primeiro trimestre do ano passado.

"O cenário não mudou. É como se fosse uma continuidade do que vinha sendo constatado no final do ano passado", comentou Eulina. Ela acrescentou que há indicações de que há um novo patamar de preços dos alimentos.

Educação e Alimentos foram responsáveis por 0,94 p.p. (pontos percentuais) da inflação acumulada este ano, o correspondente a 62% da taxa de 1,52%. Somente os alimentos responderam por 0,66 p.p, 43% do total da taxa.

Eulina lembrou que a alta do item Educação é normal para o período inicial do ano, e já era esperada. A alta dos alimentos teve influência direta da alta de alimentos derivados de matérias-primas que são negociadas no mercado internacional, como soja e milho, e também da pressão da demanda interna, aquecida pelo crescimento da economia.

"Produtos como a soja têm forte pressão do mercado internacional, influenciados pela maior demanda, principalmente a chinesa, e pela menor produção nos Estados Unidos, que têm destinado cada vez mais áreas à plantação de milho, para a produção de álcool", afirmou Eulina.

Colégios e cursos

No acumulado do ano, colégios e cursos exerceram maior pressão, com alta de 4,42% e contribuição de 0,21 p.p, seguida por refeição fora de casa, com elevação de 3,34% e contribuição de 0,08 p.p. O óleo de soja acumula alta de 25,47%, com contribuição de 0,07 p.p, e o pão francês aumentou 6,20% no ano, com contribuição de 0,07 p.p.

A economista do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) disse que a pressão dos alimentos em março veio principalmente das altas em Sâo Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Em outras regiões, acrescentou, o movimento de alta foi mais tímido.





Fonte: Folha Online

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