Índios mantém bloqueio na BR-364 a espera de solução da Funai

No segundo dia de bloqueio na BR-364, os índios de pelo menos 11 etnias aguardam documento da direção da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Brasília no qual são atendidos com o retorno da sede administrativa Executiva Regional para Cuiabá. A decisão foi tomada ontem pelo presidente do órgão, Márcio Meira, por meio da portaria de nº 350.

O documento revoga a decisão que determinava a transferência da sede da Executiva Regional de Cuiabá para Juína (a 735 quilômetros de Cuiabá). A partir deste documento, a sede de Juína funcionará apenas como núcleo de apoio operacional, mas ligado diretamente a Brasília.

Segundo informações da direção administrativa do órgão em Cuiabá, os índios disseram que só vão deixar a rodovia assim que receber o documento em mãos. “Não queremos apenas discurso da diretoria, queremos provas concretas”, disse a fonte ligada à direção. Ontem, estava previsto a presença do presidente do órgão para as negociações em Cuiabá.

Em virtude da mudança de decisão da Funai, a expectativa era que o bloqueio realizado na BR-364 pelos índios, iniciado desde as 5h45 de ontem (7), terminasse assim que o documento chegasse às mãos das lideranças que impediam o tráfego. Mas até o momento documento não teria chegado.

Conforme a Polícia Rodoviária Federal, cerca de 400 índios, de 11 etnias, bloquearam a via na altura do quilômetro 389, próximo da ponte sob o rio Aricá. No local, os membros das comunidades indígenas impediam a passagem de veículos, dando acesso apenas a pedestres e carros com passageiros em situações de emergência.

Segundo a PRF, o primeiro dia de congestionamento sentido Cuiabá-Rondonópolis chegou a seis quilômetros na via. No destino contrário, atingiu dez.