Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Segunda - 07 de Abril de 2008 às 11:12

    Imprimir


A PF (Polícia Federal) prendeu nesta segunda-feira pelo menos 16 pessoas no Espírito Santo e três em São Paulo acusadas de integrar uma quadrilha que sonegou, no último ano, R$ 7 milhões em importações de carros, motos e mercadorias de luxo. Segundo o Ministério Público Federal, ao todo a Justiça decretou a prisão temporária de 23 pessoas na chamada Operação Titanic. Os dois líderes do esquema estão entre os detidos.

Segundo o Ministério Público Federal no Espírito Santo, um dos investigados, um capixaba que está nos Estados Unidos, será preso pelo FBI e deportado para o Brasil. De acordo com a PF, empresas situadas nos Estados Unidos e no Canadá também participavam do esquema.

As investigações, que começaram há pouco mais de um ano, indicaram que a fraude se dava com a participação de empresários brasileiros e estrangeiros, contadores, servidores públicos (auditores da Receita), advogados e corretores de câmbio.

Entre os presos está o empresário capixaba Adriano Mariano Scopel, acusado de chefiar a quadrilha ao lado do pai, Pedro Scopel, que também foi detido. Eles são donos da empresa Tag Importação e Exportação de Veículos Ltda, uma das maiores importadoras de veículos de alto luxo do país.

Também já foram presos três auditores da Receita Federal em Vila Velha e um servidor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),cujos nomes não foram divulgados.

Segundo informou o Ministério Público em nota, a quadrilha utilizava o Terminal Portuário de Peiú, na região metropolitana de Vitória, como pátio de negócios --Pedro Scopel é o detentor da exploração da concessão do terminal.

Para fraudar o Fisco, Adriano Scopel se utilizava do corpo funcional da Tag Importação e Exportação e contava com a ajuda de informantes em órgãos públicos brasileiros. Scopel controlava as compras dos automóveis e das mercadorias de luxo no exterior, a cotação de câmbio para a realização das operações, a cooptação de empresas responsáveis pela remessa de dinheiro ao exterior, a contabilização dos lucros e a distribuição de propina.

Entre os crimes cometidos pela quadrilha, segundo o Ministério Público, estão corrupção de servidores públicos, contabilidade fictícia, inserção de informações falsas em contratos de câmbio com vistas a promover evasão de divisas, descaminho, lavagem de bens e capitais, corrupção passiva e tráfico de influência.





Fonte: Folha Online

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/182414/visualizar/