Segmento de calcário estima alta na produção
Para o diretor-executivo da entidade, Serafim Carvalho Melo, o crescimento estimado para este ano está pautado na recuperação do agronegócio estadual com as commodities agrícolas, já que a cultura da soja é responsável por 75% do volume produzido no Estado, o que equivale a aproximadamente 3 milhões de toneladas de calcário. Os 25% restantes ficam divididos, na ordem de maior consumo, entre o algodão, milho, cana-de-açúcar e pastagem. "A produção de calcário, insumo utilizado para a correção da acidez do solo, é de acordo com a demanda. Quando o agronegócio entrou em crise, o setor teve de reduzir a produção e agora, com a retomada do ritmo da agricultura local, as indústrias voltarão a produzir maior quantidade".
No Estado existem 32 empresas produtoras de calcário, mas as filiadas ao sindicato somam 25, responsáveis pelos números registrados pelo Sinecal. Os números de 2007 são dos três primeiros trimestres do ano, que totalizou 2,885 milhões de toneladas, mas conforme Melo, pelo menos 3 milhões devem ter sido produzidos nos últimos três meses. Outra observação feita pelo diretor é que a entrega, ou seja, a venda do produto no Estado é praticamente equivalente ao volume produzido, já que poucas indústrias fazem a estocagem do produto.
"Por ser em pó, os empresários podem perder o calcário pela ação do vento, quando em grandes quantidade e que não são embaladas e por isso sempre produzem em função dos pedidos dos produtores", diz ao acrescentar que grande parte do volume produzido em Mato Grosso fica no Estado e o restante é enviado para outros Estados do Centro-Oeste. Ele completa ainda que cerca de 10% do consumo estadual é de produto vindo do Paraná, onde o calcário é mais barato porque os custos de produção são menores. Melo conta que quando os produtores enviam a soja ou outro produto ao Porto de Paranaguá para ser exportado, o caminhão volta carregado do insumo.
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