Polícia investiga caso de criança raptada em Cuiabá

A Polícia Judiciária Civil realizou nova varredura nas imediações e na residência do bairro São Francisco, em Cuiabá, de onde o bebê Brian desapareceu no dia 03 de abril. O delegado Luciano Inácio Silva, da Gerência de Repressão a Seqüestros e Investigações Especiais (GRSIE), acompanhado de investigadores também conversaram com a vizinhança. O delegado ainda não divulgou o resultado dessas buscas. O desaparecimento de Brian parece um mistério.

A polícia suspeita que a criança tenha sido subtraída para adoção ilegal, pois nenhum pertence da casa foi roubado. Perícias na casa e na área já foram requisitadas a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O gorro do bebê que teria sido encontrado caído nos fundo da casa foi encaminhado à perícia para descobrir se há vestígios de sangue.

Na sexta-feira (04) o delegado colheu depoimento da mãe Jucélia Martins Pereira, 37 anos, da avó Emídia Martins Pereira, 63, da prima do bebê de 16 anos e de uma vizinha. Para o delegado a versão contada tanto pela mãe quando pela sobrinha são contraditórias. Para ele há conflito nas declarações sobre o suposto assalto na residência concomitantes ao sumiço da criança. “O que temos é um conflito de declarações. Por isso, vamos ouvir o maior número de pessoas, incluindo enfermeiros e funcionários do hospital onde a mãe teve o filho, parentes e vizinhos”, informou Luciano Inácio da Silva.

Segundo a mãe Jucélia Martins Pereira, o bebê nasceu no hospital Santa Helena no dia 1º de abril. Um dia após o parto, a mãe recebeu alta e teria retornado para sua casa localizada na Rua dos Crisântemos, do bairro São Francisco. Brian é o sétimo filho de Júcelia.

A Polícia Civil dispõe do serviço 197 para denúncias e informações. Quando desapareceu o bebê estava usando um macacão verde e touca amarela.

O sumiço do recém-nascido, que ainda não teve o nome registrado em Cartório, aconteceu por volta das 13h de quinta-feira (03), da residência da família no bairro São Francisco, em Cuiabá. Em declaração, a mãe do bebê, Jucélia Martins Pereira, disse que na tarde de quinta-feira saiu de casa por volta das 12h para levar outros dois filhos à escola, localizada a cerca de 500 metros de onde moram, quando retornou, a criança tinha sumido. Ela deixou o bebê aos cuidados da sobrinha de 16 anos e da avó. Na casa tinham mais duas crianças, uma de 7 e outra de 2 anos.

A prima do bebê declarou que um casal, ambos com os rostos cobertos, entraram na casa por volta das 13h20 e anunciaram o assalto, mas do imóvel nenhum objeto foi retirado. Conforme descreveu, os dois entraram pela porta da frente, que estava aberta. A mulher estava encapuzada, de camisa laranjada, detalhes azuis e bermuda jeans. Já o homem cobria a cabeça com uma camiseta branca, vestia uma camiseta regata cinza e calça branca, do tipo de açougueiro. A adolescente disse que a mulher estava armada com uma faca.

Segundo a adolescente, a mulher a mandou colocar o bebê na cama. Ela contou que pediu para a mulher não fazer nada com o menino recém-nascido. Neste momento, a criança foi tomada de seus braços e jogada na cama. Em seguida, foram todos obrigados a entrar no banheiro, permanecendo ali até a chegada de um irmão mais velho da criança. Quando saíram o menino o tinha sumido. Da casa não foi roubado nenhum objeto.