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Cidades/Geral
Sexta - 04 de Abril de 2008 às 19:34

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O Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-MT) determinou o bloqueio de até R$ 3 milhões da conta da Associação Mato-Grossense dos Transportadores Urbanos (AMTU), por causa de dívidas trabalhistas da Age. Desde o ano passado a empresa, que acumulou dívidas milionárias, deixou de operar o sistema municipal de Cuiabá. Teve a concessão cassada pela prefeitura.

Até esta sexta (4), a Justiça trabalhista já tinha confiscado R$ 578 mil das contas da AMTU, sendo R$ 404 mil logo na segunda, 31 de março, primeiro dia de cumprimento da ordem judicial. O dinheiro bloqueado são das empresas e referem-se à comercialização de vale-transporte. Está sendo transferido para a conta da Justiça do Trabalho.

Com essa decisão da 2ª Vara do Trabalho, os empresários começam a entrar em desespero. Eles alegam que a Justiça fora induzida a erro porque a Age, sequer, opera hoje o sistema e não tem direito a esses recursos do vale-transporte. Contestam também o argumento de que a Prefeitura de Cuiabá deve às concessionárias referentes ao passe-livre e, por isso, motivou a bloqueio da conta bancária da Associação.

Como o dinheiro bloqueado é relativo à comercialização do vale-transporte, deveria ser repassado pela AMTU às empresas que operam o sistema Cuiabá e Várzea Grande e o intermunicipal. A diretoria da AMTU marcou uma reunião para segunda (7) no TRT. Os empresários que comandam as concessionários Norte Sul, Princesa do Sol e Pantanal, em Cuiabá, e a União Transporte, que explora o municipal de Várzea Grande e o intermunicipal (VG-Cuiabá), argumentam que o bloqueio vai provocar desequilíbrio econômico por falta de recursos do vale-transporte. Alertam também que poderá causar prejuízos operacionais, ao ponto de afetar os mais de 100 mil passageiros que diariamente se utilizam do transporte coletivo nos dois municípios, e resultar até em comprometimento da folha de pagamento dos funcionários.

Na interpretação da Justiça do Trabalho, o dinheiro da AMTU pertence também à extinta Age quando, segundo os empresários do setor, esses recursos são das empresas que operam o sistema Cuiabá-Várzea Grande e o intermunicipal. Mesmo fora do mercado, a Age continua dando trabalho. Quando ainda estava operando, chegou a receber quase 200 multas da prefeitura, totalizando R$ 291 mil, por causa de irregularidades, como manutenção deficitária e reprovação em vistorias.





Fonte: RD News

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