EUA aprovam US$ 41 bi para combater Aids em países pobres
O governo americano aprovou uma nova medida que prevê um orçamento de US$ 50 bilhões (R$171 bi) para combater a Aids, a malária e a tuberculose na África e em outras partes do mundo nos próximos cinco anos.
Aprovado pela Câmara dos Representantes, o novo montante triplica os gastos do governo com as doenças na África e outras partes do mundo gravemente afetadas pelos problemas de saúde.
Quando o presidente George W. Bush lançou a iniciativa, em 2003, o orçamento aprovado foi de US$15 bilhões (R$51 bi).
O novo orçamento prevê US$41 bi (R$70 bi) para o combate à AIDS, US$ 5 bilhões (R$5,8 bi) para esforços contra a malária e US$ 4 bilhões (R$6,9 bi) contra a tuberculose.
Oponentes do plano argumentam que ele é caro demais e que outros assuntos mais importantes e mais próximos da realidade americana precisavam ser considerados. Apesar disso, a decisão foi aprovada com vantagem de 192 votos.
'Imperativo moral'
“Existe um imperativo moral em combater esta epidemia”, disse Nancy Pelosi, presidente da Câmara.
Inicialmente direcionado para o Vietnã, Guiana, Haiti e 12 países africanos, o programa de combate às doenças do governo será expandido e irá incluir Malauí, Suazilândia, Lesoto e outras nações caribenhas.
Em seu discurso anual de janeiro sobre o Estado da União, o presidente Bush havia solicitado ao Congresso para direcionar US$30 bilhões para o projeto, que tem o objetivo de fornecer tratamento para 2,5 milhões de pessoas e prevenir cerca de 12 milhões de novas infecções.
De acordo com um porta-voz da Casa Branca, atualmente, o programa do governo americano possibilita o tratamento de 1,5 milhões de pessoas infectadas.
O presidente George W. Bush demonstrou o compromisso com o programa neste ano, ao visitar o continente africano ao lado da esposa.
Segundo o democrata Howard Berman, presidente do comitê para África na câmara baixa do Congresso americano, os esforços para combater a AIDS no continente serão lembrados como o feito mais importante do governo do presidente Bush.
Uma estimativa da Organização das Nações Unidas indica que cerca de 33 milhões das pessoas infectadas com o vírus HIV no mundo estão na região subsaariana da África.
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