MEC cria nova modalidade de bolsa de estudos para universitários
O Ministério da Educação (MEC) criou uma nova modalidade de bolsa de estudos para estudantes de instituições particulares de ensino superior: a partir de agora as instituições cadastradas no Programa Universidade para Todos (ProUni) poderão oferecer uma bolsa complementar, que financiará 25% dos estudos do aluno. A nova regra foi publicada em uma portaria no "Diário Oficial da União" desta terça-feira (1º).
Segundo a portaria, as bolsas de estudo complementares de 25% de desconto serão oferecidas adicionalmente às bolsas do ProUni (que garantem ao estudante redução de 50% ou de 100% do valor da mensalidade). De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação Superior (SeSu), as bolsas complementares não fazem parte do ProUni, apenas usarão os mesmos critérios no momento da seleção de estudantes.
Só poderão oferecer esta modalidade de bolsa de estudo as instituições de ensino superior cadastradas no ProUni. O benefício será oferecido exclusivamente a estudantes ingressantes não-portadores de diploma de curso superior com renda mensal familiar per capita de até três salários mínimos.
Fies pode financiar os 75% restantes Paralelamente à bolsa de 25%, o estudante matriculados nos cursos definidos como prioritários pelo MEC poderá financiar os 75% restantes da mensalidade pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies ). Os candidatos matriculados em cursos não-prioritários poderão financiar 50% da mensalidade pelo Fies. A nova regra também foi publicada nesta terça-feira (1º) no "Diário Oficial da União".
São considerados cursos prioritários aqueles de licenciatura em química, física, matemática e biologia; cursos de graduação em engenharias; medicina; geologia e cursos superiores de tecnologia que constem no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia do MEC.
O MEC publicou uma portaria no sábado (29) editando novas regras para o Fies. Pelas novas regras, o estudante universitário que tiver bolsa de 50% no ProUni vai poder financiar os outros 50% pelo Fies, conquistando 100% de financiamento estuantil.
Os juros do programa também ficarão menores. Passam de 9% para até 3,5% ao ano, dependendo do curso. Além disso, o prazo para começar a pagar o financiamento foi aumentado: depois de formado o aluno terá seis meses para começar a pagar as prestações. Antes, ele tinha apenas 30 dias. E o prazo para quitar a o empréstimo também está maior, passou de dois para cinco anos.
O estudante que não tiver um bem como garantia, poderá ser avalizado por outros cinco alunos também participantes do programa. O governo estuda ainda o financiamento de 100% das mensalidades se o estudante se dispuser a trabalhar, depois de formado, em cidades do interior do país.
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