Drogas contra aids podem causar enfarte, diz estudo
"Esses anti-retrovirais são maravilhosos e salvam vidas, mas carregam problemas de toxicidade", afirma Charlie Gilks, diretor de tratamento e prevenção da aids na Organização Mundial da Saúde (OMS). "Pode ser que a gente continue os usando, mas devemos estar conscientes de seus problemas a longo prazo."
De acordo com Orival Silveira, da área técnica do Programa Nacional de Aids do Ministério da Saúde, das 180 mil pessoas em tratamento hoje no Brasil 3.500 recebem o abacavir e 10 mil a didanosina. Ele destacou que pacientes não devem abandonar seus tratamentos e sim conversar com o médico. As evidências serão discutidas em maio pela pasta. "É uma informação nova, mas não deve causar pânico."
Jens Lundgren, da Universidade de Copenhague, e colegas analisaram dados de mais de 33 mil pessoas com o HIV na Europa, EUA e Austrália. O risco desaparecia após seis meses de suspensão de uso dos anti-retrovirais. A GlaxoSmithKline, produtora do abacavir, informou que suas investigações não confirmaram os dados. A Bristol-Myers Squibb, que fabrica o DDI, não se manifestou.
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