Número de mortos no Iraque cresceu 50% em março
O número de mortos no Iraque no mês de março aumentou 50% em comparação com o mês anterior, segundo estimativas do governo iraquiano.
De acordo com os dados, 1.082 iraquianos, incluindo 925 civis, morreram vítimas de atentados a bomba e confrontos entre insurgentes e tropas iraquianas. Em fevereiro, o número de baixas foi de 721.
Ainda segundo as autoridades iraquianas, o mês de março ainda registrou um aumento no número de ataques a bomba e confrontos entre milícias xiitas e forças do governo.
O balanço aponta que 102 policiais e 54 soldados morreram em choques com insurgentes. Em fevereiro, esse índice foi de 65 e 20, respectivamente.
Golpe
O número de mortos no Iraque chegou a atingir 1,8 mil em agosto de 2007 e foi reduzido para 540 em janeiro de 2008, quando os Estados Unidos enviaram mais tropas ao país. Desde então, o índice vem crescendo.
Analistas afirmam que os dados serão um golpe para os governos iraquiano e americano, que vinham divulgando uma diminuição na violência.
Os confrontos entre as milícias xiitas ligadas ao clérigo Moqtada al-Sadr e as forças iraquianas, iniciados na terça-feira passada, contribuíram para o aumento no número de mortos.
Depois de cinco dias de combates, o clérigo anunciou um cessar-fogo que levou o governo iraquiano a suspender um toque de recolher imposto na capital iraquiana na quinta-feira passada.
Soldados britânicos
Nesta terça-feira, o governo britânico anunciou o adiamento dos planos de reduzir o volume de tropas no Iraque devido aos recentes confrontos entre forças iraquianas e milícias xiitas em Basra.
A Grã-Bretanha tem 4 mil soldados na região de Basra e planejava reduzir esse número para 2,5 mil, mas o secretário da Defesa, Des Browne, disse ao Parlamento nesta terça que mais reduções no contingente foram canceladas.
"É mais prudente interromper qualquer outra redução enquanto a situação atual está se desenvolvendo", disse.
"É absolutamente correto que os comandantes militares reavaliem os planos quando as condições mudam", acrescentou. "Então, nesta fase, nossa intenção é manter nossas forças nos atuais níveis de cerca de 4 mil (soldados)."
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