Um em cada quatro casais no Japão não faz sexo, diz pesquisa
Um quarto dos casais japoneses não mantêm relações sexuais, segundo uma pesquisa realizada conjuntamente em 2007 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo Instituto de Pesquisa Populacional da Universidade Nihon, de Tóquio.
A pesquisa ouviu 9 mil japoneses de 20 a 59 anos de idade, entre abril e julho de 2007, e constatou que 24,9% dos casais não mantêm relações sexuais.
A enquete, a primeira sondagem do gênero já realizada no Japão, revelou também que a freqüência das relações diminui à medida que avança a idade.
Na faixa etária dos 50 anos, 37,3% relataram total abstinência de sexo nos 12 meses anteriores à enquete.
Já entre os casais na faixa dos 20 anos com até cinco anos de de vida conjugal, 42% disseram manter relações ao menos uma vez por semana.
O relatório do levantamento enfatiza a necessidade de refletir sobre "o aspecto fundamental da reprodução, a freqüência das relações sexuais, como um novo problema numa nação com baixa taxa de natalidade".
Abstinência
Uma pesquisa anterior, de âmbito mundial, sobre a freqüência de relações sexuais feita pela fabricante britânica de preservativos Durex colocou o Japão em último lugar numa lista de 26 países, com a média de 48 relações por ano, quase 3,5 vezes menos do que os líderes, os gregos, com 164.
A Sociedade Japonesa de Sexologia define "falta de sexo" como a condição em que o casal esteja "ao menos um mês sem relações sexuais consensuais (incluindo a prática de carícias, de sexo oral ou de dormir juntos sem roupa) e não haja perspectivas de que elas venham a acontecer em futuro previsível".
De acordo com a mesma entidade, em 80% dos casos a causa é identificável no comportamento do marido.
A conhecida devoção ao trabalho dos japoneses é em geral apontada como a causa principal de sua atitude arredia ao sexo, mas vários estudos indicam também outros fatores, como, é claro, a incompatibilidade entre os casais.
Na visão de alguns especialistas, a tendência no Japão é de o relacionamento homem e mulher ficar reduzido a uma relação consangüínea, como a de mãe e filho ou de irmão e irmão, na qual, mesmo havendo afeto, o sexo é visto quase como algo incestuoso.
Há também casais em que a mulher evita o sexo com receio de que o marido venha a lhe transmitir alguma doença venérea, eventualmente contraída por qualquer relacionamento casual, e só mantém a união por causa dos filhos.
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