Menina de 12 sofria abuso sexual e mãe se calava
A dona-de-casa Lucimar Cordeiro da Silva Santos e seu companheiro, Divino Silva Santos, foram presos e indiciados por crime de atentado violento ao pudor. Lucimar sabia que sua filha de apenas 12 anos vinha sendo molestada pelo padrasto e não tomou nenhuma atitude para que ele fosse preso. O crime foi registrado na cidade de Lucas do Rio Verde (a 250 km de Cuiabá).
O caso só venho à tona cinco meses depois do primeiro registro de violência, quando a criança, com medo da violência do padrasto fugiu de casa. Ela procurou abrigo na casa do pai biológico e contou a situação a que era submetido. A Polícia Militar prendeu o casal que teve a prisão preventiva decretada a pedido do delegado municipal, Flávio Stringuetta, durante o fim de semana.
Segundo o delegado, a menina foi violentada pela primeira vez em novembro do ano passado. Para consumar o ato criminoso pela primeira vez, Divino colocou uma faca no pescoço da menina. Em seguida, obrigou a garota a fazer sexo anal e oral. Ele aproveitou que a mulher não estava em casa para consumar o ato.
Em depoimento a Polícia Judiciária Civil a menina contou que após o abuso contou a situação vivenciada a sua mãe. Para manter a garota calada, a mulher ameaçava a criança com surras. Conforme o delegado Lucimar declarou a filha que não tinha a intenção de abandonar o marido. As agressões foram registradas por mais quatro vezes até que Divino foi viajar. Lucimar, em depoimento, disse que após tomar conhecimento do fato mandou o marido ir embora. No entanto, o delegado Flávio não acredita nessa versão.
Divino já vinha sendo investigado pela Polícia Civil sob acusação de tráfico internacional de drogas. Ele teria deixado a cidade e se deslocado até a Bolívia para adquirir drogas. Lucimar e Divino foram encaminhados para cadeias públicas distintas da cidade.O crime de atentado violento ao pudor pode resultar em condenação entre seis e dez anos de prisão.
De acordo com estatísticas da Polícia Judiciária Civil só no ano passado foram registrados 381 boletins de ocorrência envolvendo crianças e adolescentes só na área de Cuiabá e Várzea Grande.
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