Dilma reafirma que informações sobre cartões não são dossiê
"Eu já disse várias vezes que eu não sou candidata nem me considero", disse. As afirmações de Dilma foram feitas durante entrevista coletiva na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
A ministra voltou a dizer que o banco de dados que originou o vazamento tem um conceito diferente de dossiê. "Ele (dossiê) é usado para denúncias políticas e isso não cabe em uma democracia, é uma manipulação dos dados para esse tipo de política", afirmou. Dilma aproveitou para defender a secretária Erenice Guerra e descartou a demissão de sua funcionária.
Defesa
Dilma lembrou que Erenice participou do processo de formação do banco de dados, por meio da Norma 230/06. "Foi uma recomendação do Senado e do Tribunal de Contas da União, em junho de 2005, e depois retroagimos às contas de 2004, 2003 e 2002 a pedido do próprio tribunal".
Com relação às investigações internas, a ministra acredita que em questão de tempo o caso será resolvido. "Eu creio que muita gente viu, ou sabe, e logo teremos um acesso a essas informações", afirmou, lembrando que gastos com transporte e hospedagem (foco do vazamento) são gastos absolutamente normais. "A quem interessa isso? Ao governo não interessa".
Depoimento
Sobre a possibilidade de depor à CPI do Cartão Corporativo, Dilma disse que iria, caso a comissão apresentasse sugestões ou melhorias para os controles de gastos. "Se não for isso, eu prefiro passar minhas 13, 14 horas dentro do Planalto tratando do PAC", afirmou.
A ministra esteve acompanhada do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e recebeu uma lista de reivindicações do empresariado paranaense. Segundo o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo Rocha Loures, o governo federal não fez todos os investimentos que havia garantido. "O Paraná recebeu apenas R$ 80,3 milhões, ou seja, 38,77% do que estava previsto", lembrou.
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