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Internacional
Sexta - 28 de Março de 2008 às 18:29
Por: Giovana Sanchez

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Após a divulgação de casos de brasileiros que, impedidos de entrar na Irlanda, sofreram maus-tratos e ficaram presos em penitenciárias comuns, o governo irlandês se desculpou com a embaixada do Brasil em Dublin e afirmou que está "trabalhando para que esse fato não se repita".

"Recebemos um relatório telefônico lamentando o que aconteceu e dizendo que eles não tinham instalações para que os brasileiros aguardassem pelo vôo de volta ao Brasil. Eles estão muito sentidos e lamentam profundamente o que aconteceu", afirmou ao G1 Alexandre Gueiros, ministro encarregado de negócios do Brasil na embaixada brasileira de Dublin. Ele substitui temporariamente o embaixador titular, que passa férias no Brasil.

No último dia 20, André São Pedro, Maria Dias e Thaís Tibiriçá foram impedidos de ingressar no país pelas autoridades imigratórias e encaminhados a uma prisão comum, onde foram mantidos por 48 horas.

A estudante de italiano em Milão, Marcela Mouawad, de 18 anos, passou pela mesma situação.

O diplomata brasileiro conta que esses fatos noticiados foram excepcionais, já que não acontecem regularmente. "A Irlanda é destino de muitas pessoas vindas de países da Europa Oriental que acabaram de entrar na União Européia e não estava em condições de lidar com essa chegada maciça. Por isso está agindo de maneira mais severa com as leis de imigração", afirma Gueiros.

Segundo Gueiros, a embaixada reportou uma queixa às autoridades e recebeu como resposta um "relatório telefônico" lamentando o ocorrido.

O diplomata informou que 385 brasileiros foram impedidos de entrar no país, entre 1º de janeiro e 19 de março. Ele não tinha em mãos estatísticas de 2007, mas diz que neste ano houve um aumento no número de brasileiros barrados na Irlanda.

Mas Gueiros afirma que o número de barrados foi acompanhado do crescimento no número de brasileiros que conseguiram residência fixa no país.

Embaixada irlandesa

Procurada pela reportagem do G1, a embaixada irlandesa no Brasil esclareceu que a intenção do governo não é deportar pessoas, mas sim analisar caso a caso.

A embaixada ainda informou que os brasileiros foram barrados, e não deportados. Isto é, eles ainda podem tentar voltar ao país a curto prazo. E ressaltou que trabalha para implantar um sistema pelo qual os barrados no aeroporto aguardem num local adequado - e não mais numa prisão.





Fonte: G1

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