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Nacional
Sexta - 28 de Março de 2008 às 16:26

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu hoje às denúncias sobre o suposto dossiê montado pelo braço-direito da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a ex-primeira-dama Ruth Cardoso e ministros da gestão tucana. Reportagem publicada hoje pela Folha informa que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, deu a ordem para a organização do dossiê.

Em resposta, Lula disse que a oposição está "destilando ódio". "E estão lá nossos amigos do PSDB, que no primeiro momento trabalharam de forma civilizada. Estão lá nossos amigos do DEM, que tiveram tanta vergonha que mudaram o nome do partido de PFL para DEM. Estão lá destilando ódio. Destilando ódio. Ódio que mesmo eu quando era dirigente sindical não conseguia destilar contra meus adversários. Porque aprendei que na política a gente constrói consenso para beneficiar a sociedade", disse ele hoje no lançamento do programa Territórios da Cidadania, em Delmiro Gouveia (AL).

O presidente insinuou que a oposição está incomodada com o resultado da pesquisa CNI/Ibope, divulgada ontem, que mostrou que a avaliação positiva do governo Lula atingiu o maior nível desde março de 2003 (58%). "E eles governaram esse país desde que Cabral aqui aportou. Fizeram e desfizeram. Mas ontem. [...] Deus escreve certo por linhas tortas. A pesquisa de ontem deve ter deixado eles incomodados."

Segundo o presidente, a oposição não admite que um "torneiro mecânico e retirante nordestino" governo o país. "Eu sei que não é fácil para uma parte da elite política do país compreender porque é que é um torneiro mecânico retirante e nordestino está aqui nesta tribuna e não eles."

Lula afirmou ainda que precisa da oposição para aprovar projetos do interesse do governo no Senado. "É importante lembrar bom lembrar que meu partido só tem 14 senadores. E o senado tem 81. E para mim aprovar qualquer coisa, preciso ter no mínimo 41 senadores."

Dossiê

De acordo com a reportagem da Folha, foi a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, braço-direito de Dilma, quem deu a ordem para a organização do dossiê.

Quando o trabalho começou a ser feito, corriam as negociações no Congresso para investigar gastos com cartões corporativos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por pressão de políticos governistas, as investigações recuariam ao período de governo tucano.

Com 13 páginas, o documento registra com detalhes e fora da ordem cronológica diversos gastos, com ênfase nos feitos por Ruth Cardoso e naqueles envolvendo bebidas e itens como lixas de unha e veludo alemão.





Fonte: Folha Online

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