Preço do boi compensa perdas com embargo da UE
"A redução do volume exportado para a Europa era esperada, mas foi compensada pela alta nos preços e pela diversificação de mercados do produto brasileiro", diz Marcus Vinícius Pratini de Moraes, ex-presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que anunciou na semana passada sua saída da entidade para prestar consultoria ao Friboi.
Segundo ele, as vendas de carne in natura para a Europa serão substituídas por produtos industrializados, principalmente a carne cozida e congelada. Os efeitos da substituição ainda não foram percebidos em fevereiro, mas se destacarão na divulgação dos dados de março. Apesar dos efeitos do embargo terem sido reduzidos pela alta nos preços externos, no mercado interno os frigoríficos têm dificuldade em repassar ao varejo as seguidas altas de custos, geradas pelo aumento da cotação da arroba. Nos últimos 12 meses, o preço médio do boi gordo (indicador Esalq/BM&F) valorizou-se 35,6%, e as cotações do quilo do corte traseiro tiveram alta mais moderada, de quase 23%.
Além disso, há um excesso de cortes traseiros no mercado, o que pressiona ainda mais os preços para baixo. Aliado a esse fator, as cotações do frango também estão em queda, por excesso de oferta. Esse cenário deixa a relação entre frango e carne bovina mais favorável às aves, atraindo mais a atenção dos consumidores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo/Agrícola
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