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Nacional
Sábado - 15 de Março de 2008 às 21:48

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O ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, que mantinha um cabelo comprido grisalho quase na altura do ombro, teria sido obrigado a raspar a cabeça nas primeiras horas como preso na Penitenciária Regional de Araraquara, no interior de São Paulo. Ele foi transferido para o presídio sob sigilo na noite de quinta-feira. Agentes penitenciários da unidade contam que Mattos também criticou a comida da prisão.

Segundo os mesmos agentes, ele continua sozinho em uma cela na ala de inclusão, um setor de triagem para os que recém chegaram. Na prisão, o uso de cabelo curto é uma das regras para evitar, principalmente, problemas com piolhos.

Quando foi transferido do Regimento Montado 9 de julho, na região central da cidade de São Paulo, para Araraquara, Rocha Mattos perdeu o horário do jantar nas duas carceragem e só voltou a comer na sexta-feira. O cardápio do presídio é arroz, feijão, peixe, purê de batata e uma salada.

"O pessoal está comentando aí que ele reclamou da comida porque não comeria arroz e feijão. Me parece que ele queria mais legumes, mas até onde sei ele não foi atendido", conta um agente penitenciário na saída do turno de serviço. Rocha Mattos, inclusive, não poderá receber visita neste final de semana porque não houve tempo para a elaboração da documentação interna na Penitenciária.

O ex-magistrado chegou ao presídio algemado e no compartimento traseiro de uma viatura na noite de quinta-feira. Esta semana, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinou a perda do cargo do juiz federal. O ex-juiz seria levado à penitenciária de Tremembé, mas acabou remanejado para Araraquara.

Em um dos processos que perdeu, Rocha Mattos foi condenado por ter denunciado de forma caluniosa os juízes federais Fausto Martin de Sanctis e Hélio Nogueira, titulares de Varas Criminais no Fórum onde Rocha Mattos atuava, em São Paulo. Por isso, estava preso desde 2003.

Em outro, foi indiciado na Operação Anaconda da Polícia Federal e responde a processo criminal sob acusação de formação de quadrilha, peculato e abuso de poder. Diálogos gravados pela Polícia Federal indicam que ele proferiu decisões em favor de um acusado de contrabando.





Fonte: Redação Terra

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