Câmara admite possibilidade de anular concurso se encontrar irregularidades
"A possibilidade de anular o concurso é real. Mas é preciso aguardar todas as investigações, o resultado da sindicância interna e também avaliar as respostas enviadas pela instituição que aplicou as provas", disse Serraglio. "A palavra final será minha, mas quero ter todo o cuidado e certeza do que ocorreu."
O deputado disse que requisitou informações detalhadas sobre o concurso --cuja prova prática, aplicada no dia 27 de janeiro, é questionada pelos concursandos-- à direção geral que deverá solicitar os dados à Fundação Carlos Chagas (FCC) responsável pela aplicação das provas. O salário inicial para os aprovados neste concurso é de R$ 9.008,12.
"Vamos buscar respostas às questões, levantadas pelos concursandos, principalmente sobre a possível existência de privilégio a um grupo determinado de concursandos. O objetivo é garantir que o processo tenha sido realizado com lisura", disse Serraglio.
A Procuradoria no DF instaurou procedimento para investigar as irregularidades a pedido de um grupo de oito pessoas. O procurador da República no DF Bruno Acioli solicitou explicações à FCC com quatro perguntas.
O procurador pediu detalhes sobre os parâmetros utilizados na correção das provas práticas, o nome dos integrantes da banca examinadora, o motivo da identificação nominal das provas e os mecanismos de segurança adotados para garantir o anonimato dos candidatos.
Acioli também pretende investigar se há algum tipo de relação pessoal entre candidatos e examinadores da banca. A FCC recebeu prazo de cinco dias úteis --a contar a partir de 12 de março-- para encaminhar as informações.
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