Implantação de Núcleo Sistêmico é referendada pelo Tribunal de Justiça
O mandado havia sido interposto pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap) contra o governador Blairo Maggi e o secretário de Estado de Administração do Estado, Geraldo de Vitto Jr.
No Mandado de Segurança número 60415/2007, o Sintap alegou que a implantação de administração sistêmica traria prejuízos e interferiria na autonomia das autarquias, o que contraria dispositivos legais. O sindicato também solicitou que fosse impedida a inserção das duas autarquias no núcleo de administração sistêmica. O Sintap também requereu que o governo fosse impedido de modificar cargos e funções de confiança nas referidas autarquias mediante decreto.
De acordo com o despacho do relator do recurso, desembargador Juracy Persiani, o Sintap/MT confunde os conceitos de autonomia e autarquia. "As autarquias estão sujeitas às regras estabelecidas pelo ente estatal a que pertencem (...). Ademais, vê-se na redação da Lei Complementar 264/2006 que nada há a ofender os direitos dos servidores das autarquias", ressaltou o magistrado.
Ele lembrou que o Órgão Especial já julgou esse assunto num caso semelhante, em janeiro de 2007, num outro mandado de segurança que atacava a Lei Complementar número 264/2006 e os decretos de números 268/2007, 269/2007 e 3337/2007. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso é formado pelos 18 desembargadores mais antigos do Poder Judiciário Estadual.
O secretário de Estado de Administração, Geraldo de Vitto Jr, explicou que a inserção das autarquias no núcleo de administração sistêmica não compromete a autonomia administrativa e financeira delas, mas tão somente busca a otimização das ações e atividades meio.
“Isso só vem reforçar a tese do Governo de que a implantação dos núcleos sistêmicos é o melhor para o desenvolvimento do Estado, traz mais força para a realização da reforma administrativa”, salientou De Vitto.
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