Jovem confessa esquema de falsificação e venda de diplomas
Em depoimento, Thiago Francisco Vieira Pereira, 22 anos, confessou o esquema de falsificação e venda de diplomas universitários e de ensino médio, segundo informou a Polícia Federal. Preso nesta sexta-feira na Operação Cola em Tangará da Serra (242 km de Cuiabá), ele confirmou a suspeita e revelou que o esquema teve início em dezembro de 2006.
No entanto, Pereira negou ter falsificado e vendido diplomas de medicina. Disse não ter tido coragem de concluir a negociação com uma mulher que pretendia comprar o documento e que já exercia a profissão ilegalmente em Minas Gerais. Ele alegou que não o fez "por princípios”.
De acordo com a advogada Lidiane Forcelini, o jovem conheceu uma mulher identificada como “Flávia” em uma sala de bate-papo na internet e ela o teria convidado para participar do esquema. Pereira aceitou o convite na tentativa de ganhar “dinheiro fácil”, segundo a advogada.
A PF localizou 34 compradores de diplomas falsos em 14 estados, -- quase a metade deles em São Paulo. Pereira admitiu ter trocado e-mails com os “clientes” e recebido depósitos. Também confirmou que cada diploma custava R$ 1.800.
A polícia informou que vai indiciar o preso por falsificação de documentos e estelionato e tomar os depoimentos dos compradores na próxima semana. Os diplomas, a maioria universitários, eram oferecidos na internet, por meio de um fórum de discussões, e distribuídos em todo país via sedex.
Entre os diplomas vendidos estão de medicina, fisioterapia, direito, enfermagem e engenharia, incluindo universidades particulares e públicas. A advogada sustentou que ele não tinha condições de confeccioná-los, exceto os de administração de empresas e pedagogia. “Não consta nenhuma impressora sofisticada da lista de coisas apreendidas pela polícia”, disse. Ela vai pedir habeas corpus para que o cliente responda às acusações em liberdade.
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