Remédios ficam mais caros no fim do mês
Os reajustes foram estabelecidos para três faixas diferenciadas de medicamentos. Os percentuais, de até 4,61%, 3,56% e 2,52%, foram definidos segundo o nível de competição nos mercados a partir do grau de participação dos genéricos nas vendas.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para calcular o reajuste, a Cmed considerou o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fator de produtividade e a variação dos custos do setor.
Com o aumento, cerca de 20 mil itens serão atingidos. No entanto, ele não se aplica aos medicamentos fitoterápicos e os homeopáticos. O próximo reajuste deve ocorrer em março de 2009, de acordo com a nota divulgada pela Anvisa.
Para a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), 56,29% das 17.350 itens de medicamentos serão reajustados pelo menor índice definido pelo governo: 2,52%. Já 35,63% poderão ser reajustados pelo IPCA integral, de 4,61%, e 8,08% deles em até 3,57%.
A Febrafarma destacou ainda que, em 2007, os medicamentos aumentaram em média 0,54%, enquanto a inflação foi de 4,46%. A federação diz ainda que o aumento nos preços ficou abaixo da inflação após a vigência do atual sistema de controle de preços, em 2001.
Segundo Febrafarma, desde janeiro de 2001, o IPCA acumulado até fevereiro deste ano somou 63,94%, ante uma variação de preço de 50,64% dos produtos farmacêuticos. Para ela, o controle de preços não amplia o acesso da população aos medicamentos.
Comentários