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Sexta - 14 de Março de 2008 às 11:30

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A conquista da Taça Guanabara, acrescida da vaga na decisão do Estadual e misturada com a liderança na Taça Rio não serviram como antídoto para conter a tensão pré-Libertadores. Na última quinta-feira, teve psicólogo no Flamengo, cobrança de Joel Santana a Íbson e Souza, que discutiram no último jogo, e muita conversa ao pé do ouvido. Tudo para acalmar os nervos visando a "decisão" de quarta-feira, com o Nacional. "Até aqui, deu. Agora, a responsabilidade será deles", disse o psicólogo.

A tabelinha na Gávea na última quinta foi entre o psicólogo Paulo Ribeiro e o capitão Fábio Luciano. Paulo resumiu como serão tratados os problemas que surgirem daqui pra frente. "Até aqui, deu. A partir de agora, a responsabilidade será deles. Quando a situação se agrava, temos de abrir os olhos e parar enquanto é tempo. Cobranças são positivas, mas não devem ser feitas dentro de campo", alertou o psicólogo.

Depois do bate-boca com Souza na Taça Guanabara, Íbson discutiu com Cristian na derrota por 3 a 0 para o Nacional, em Montevidéu, e contra o Mesquita se envolveu em nova confusão. "Fiquei surpreso, pois nunca vi o Íbson assim. Mas ele tem um grande caráter, refletiu e pedirá desculpas ao grupo. Temos de parar e resolver para que nada sobreponha os interesses do Flamengo", disse Paulo.

Na derrota para o Nacional, Toró foi expulso por empurrar o gandula, e Leonardo Moura, por falta violenta. "Falamos muito sobre 'catimba', que não aconteceu, e acabamos criando problemas por nada", disse o psicólogo, com 19 anos de trabalho no clube.

Depois de dar uma "dura" nos brigões ainda no vestiário do Maracanã, Joel teve na última quinta apenas 16 minutos de branda conversa com o grupo no campo. Apesar do discurso de que tudo está resolvido, Íbson e Souza não trocaram palavras no gramado. "Brigamos, é normal. No futebol, não podemos falar 'por favor'. Brigas também acontecem em casa, com nossos pais. Mas já conversamos e não vai mais se repetir", garantiu Íbson, que confirmou que a ansiedade pelo jogo contra o Nacional tem mexido com o grupo.

"Estamos assim pelas circunstâncias do jogo. Muita gente que é calma fora de campo fica nervosa dentro. Mas só dependemos de nós. A Libertadores mexe mais com a gente por sua importância da competição", disse Íbson. Souza não deu entrevistas.

O dia foi de aparar arestas. Joel conversou com Leonardo Moura e Íbson. Depois, em particular com Íbson. O gerente de futebol Isaías Tinoco falou com Souza. Fábio Luciano, que contra o Nacional chegou a acertar um toque com o bico da chuteira no rosto do adversário, papeou com o psicólogo.

"Por ele ser o capitão, reconhecer seus erros e pedir desculpas serve como exemplo", exaltou Paulo.

Depois, foi a vez de o vice de futebol Kléber Leite conversar com Joel. "O assunto morreu", disse o dirigente. O treinador foi na mesma linha.

"Conversei com os dois, coloquei meu ponto de vista e eles se explicaram. O Flamengo sempre briga por títulos, vitórias e liderança. Vivemos em uma situação tensa. Nem tudo são rosas, algumas espinhos aparecem no caminho. Importante é saber que aqui não tem mais criança e as arestas foram aparadas, eles viram que erraram", destacou o treinador.

A tensão pré-Libertadores se explica por esta ser considerada a competição mais importante da temporada, tanto pela projeção internacional quanto pela questão financeira.

"Não seria nenhum absurdo dizer que a Libertadores não sai da nossa cabeça", afirmou Fábio Luciano, logo depois da vitória sobre o Mesquita. Durante a semana, Souza já disse que "depois dos 3 a 0, estamos engasgados com eles".

Domingo, o Flamengo pega o Botafogo pela Taça Rio. A seguir será a vez do Nacional.





Fonte: O Dia

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