Vendas no varejo brasileiro têm melhor resultado desde 2001

As vendas no comércio varejista brasileiro cresceram 11,8% em janeiro deste ano, se comparadas ao mesmo mês do ano passado, segundo divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a receita nominal, a taxa cresceu de 16,5%. O resultado representa a melhor taxa para o mês de janeiro da série histórica, iniciada em 2001.

Na comparação com dezembro, o crescimento foi de 1,8% e a receita, de 2,3%. Nos últimos 12 meses, o varejo acumula alta de 10% e a receita, 12,6%.

De acordo com o coordenador de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Silva Pereira, vários fatores foram responsáveis por esse aumento das vendas do comércio varejistas. "Nós tivemos o aumento da massa salarial, a redução da taxa básica de juro, a valorização do câmbio, que trouxe produtos mais baratos nas importações, e a oferta de crédito, que aumentou a forma de pagamento", disse.

Segundo o IBGE, esses resultados representam uma aceleração no ritmo de vendas, após a acomodação verificada no mês de dezembro. Das 10 atividades pesquisadas, nove tiveram resultado positivo para o volume de vendas.

O maior ganho foi do setor de móveis e eletrodomésticos, com 9,8%, seguido por outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 7,7%, e tecido, vestuário e calçados, que teve alta de 3,7%.

A única atividade com resultado negativo foi material para escrotório, informáticA e comunicação, com valor de -4,1%.

No varejo, todas atividades tiveram aumento no volume. O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cresceu 8,4%, seguido por móveis e eletrodomésticos (6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 29,6%.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, teve no acumulado dos últimos 12 meses uma taxa de variação de 13,9% para volume de vendas e 15,8% para receita nominal.

Dos 27 Estados, três apresentaram resultado negativo na comparação entre janeiro e 2007. Roraima teve valor de -0,8%), Amazonas, -1,7%, e Acre -8,2%. Os três Estados que mais cresceram foram Rio Grande do Norte (18,5%), Paraíba (17%) e Mato Grosso do Sul (15,8%).

No varejo ampliado, as maiores taxas no volume de vendas foram para Mato Grosso do Sul (22,5%), Espírito Santo (22,1%) e Rio Grande do Norte (19,7%).

Se levar em consideração os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas, as maiores altas foram de Paraíba (11%), Rio de Janeiro (5,7%) e Pará (5,2%). Mato Grosso do Sul foi o único Estado com variação negativa, de -2%.