Governador de Nova York renuncia após escândalo
Os deputados republicanos da Assembléia Estadual de Nova York haviam dado um ultimato para que Spitzer renunciasse depois que o jornal The New York Times publicou informações de que ele teria recorrido aos serviços de uma rede de prostituição.
"Eu não posso deixar que meus erros privados interfiram no trabalho público", disse Spitzer, ao anunciar a renúncia em uma coletiva de imprensa.
Ao lado da mulher, o político democrata voltou a pedir desculpas pelo que classificou como "comportamento inaceitável".
Com a renúncia de Spitzer, o vice, David Paterson, vai assumir o governo, tornando-se o primeiro governador negro de Nova York.
Spitzer, que é casado e tem três filhos, estava em seu primeiro mandato como governador de Nova York. Ele foi procurador-geral do Estado e, durante sua gestão no cargo, ganhou projeção nacional por combater crimes ligados ao mercado financeiro.
Durante sua passagem pela procuradoria-geral de Nova York, ele chegou também a desmantelar redes de prostituição.
De acordo com o New York Times, a denúncia contra Spitzer teria surgido após quatro pessoas terem sido presas em conexão com uma rede de prostituição de alto luxo, conhecida como Emperors Club VIP.
A rede de prostituição promovia encontros entre prostitutas e clientes de alto poder aquisitivo em cidades como Washington, Nova York e Paris.
Documentos apreendidos durante a detenção dos quatro acusados apontariam o envolvimento de Spitzer.
Ele teria marcado um encontro com uma das prostitutas da rede em Washington no dia 13 de fevereiro.
Spitzer havia apoiado a senadora e pré-candidata democrata à presidência Hillary Clinton. Na segunda-feira, horas após a denúncia ter vindo à tona, a campanha de Hillary disse rejeitar o apoio do governador.
Comentários