Preço dos remédios deve subir até 4,61%
Um novo aumento nos preços de medicamentos está previsto para ocorrer no fim deste mês. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro, que foi de 4,61%. Este índice serve de base para o reajuste dos remédios no país.
A autorização, que entra em vigor dia 31 de março, foi dada pelo Ministério da Saúde, no Diário Oficial da União. Atualmente, existem três faixas de reajuste, elaboradas de acordo com a participação dos genéricos no segmento nacional.
O aumento máximo deve ficar em torno de 4,61%, que é o relativo ao próprio IPCA, segundo o professor Márcio Nakame, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
No início do mês, o órgão apostava em um índice de 4,67%. Caiu um pouco, mas é maior que a alta registrada em 2007, que foi de até 3,02%.
Esse aumento deve ser para o grupo de remédios em que os genéricos têm participação de mercado de mais de 20%. Naquele em que a participação está entre 15% e 20%, o aumento será de 3,57%, contra 2,01% de 2007.
Para os com participação abaixo de 15%, o reajuste será de 2,52%, contra 1%.
Para Antônio Barbosa, coordenador nacional do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamento, o aumento não deveria existir, já que o custo de produção dos remédios, que têm 80% de sua matéria-prima importados, foi reduzido com a queda do dólar.
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