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Economia
Quarta - 12 de Março de 2008 às 07:15

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Uma tese de doutorado defendida no ano passado pela zootecnista Sulivan Pereira Alves, do Núcleo de Pesquisa em Ambiência (Nupea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), demonstrou que o sistema de criação em camas, com espaço e liberdade para as aves, resulta em menos stress para as aves.

Foram estudadas poedeiras das linhagens branca e vermelha. Durante a pesquisa, ela registrou em câmeras de vídeo o comportamento das aves longe da presença humana. Ficou patente que as aves criadas nas gaiolas são mais sujeitas ao stress, que interfere na produção.

O sistema de cria em camas aviárias é de fato menos agressivo às galinhas. Nas gaiolas, sistema utilizado em 98% da produção de ovos comerciais do País, as aves ficam muito apertadas e manifestam sintomas de desconforto.

Na Granja Yamagushi, o comportamento das galinhas também é avaliado para mensurar se o sistema de criação produz o bem-estar das aves. De acordo com o veterinário Romeu Mattos Leite, são analisados 17 itens capazes de indicar, conforme o resultado, o grau de satisfação da galinha. Entre eles, estão o ato de ciscar e o de se espojar na cama do galinheiro.

O espojamento, quando a ave se deita no chão e joga terra ou cama sobre o corpo, é alto indicador de satisfação. Outros indicadores de bem-estar são o cacarejar, a lubrificação das penas, a gala (relação com o galo) e a postura regular. Um sintoma revelador de distúrbio é o canibalismo. "Se aparecer um caso, o lote leva nota zero e vamos procurar as causas", diz Leite.





Fonte: AE

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