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Economia
Terça - 11 de Março de 2008 às 12:51

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A alta no item educação, que exerceu a principal influência sobre a inflação de fevereiro, ainda deverá impactar o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) nos próximos meses. A coordenadora da pesquisa, Eulina dos Santos, explicou que nem todas as regiões fizeram os ajustes, comuns no início do ano.

"Haverá algum ajuste na educação ainda, dado que nem todas as regiões reajustaram. Fortaleza, por exemplo, só terá em abril. Ainda haverá algum complemento", afirmou.

Grupo que teve maior influência sobre a inflação no ano passado, os alimentos estão com os preços em trajetória descendente, segundo Eulina. Mesmo assim, ressalta, é preciso maior atenção a esses itens, que tem suas cotações ligadas ao clima.

"A alimentação subiu muito no final do ano passado e diminuiu um pouco de lá para cá. Mas continua alta por conta dos feijões, em função da estiagem do ano passado, e das commodities. Mas o resultado foi bem mais acomodado. Apesar da safra recorde estimada para este ano, a continuidade ou não da alta vai depender do clima. Agora tem chovido em algumas regiões, mas em outras a estiagem permanece", observou.

Mesmo em queda, os alimentos subiram 2,13% nos dois primeiros meses deste ano. No mesmo período em 2007, houve alta de 1,62%. Isso ocorre em função da existência de influência de problemas que elevaram os preços dos alimentos em 2007.

"Apesar da diferença deste ano para o ano passado, a conjuntura é diferente. Em 2007, vivenciávamos uma inflação crescente no caso dos alimentos. Apesar da transferência da alta dos alimentos para agora, o que estamos vivendo é uma tendência decrescente na taxa dos produtos alimentícios", destacou Eulina.

Nas 11 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Recife registrou a maior alta, que chegou a 1,23%. Isso se deveu, principalmente, ao reajuste dos ônibus urbanos. Logo abaixo vieram, acima da média nacional, Brasília (0,71%), Fortaleza (0,65%), Belém (0,63%), Belo Horizonte (0,57%), Goiânia (0,51%) e Rio de Janeiro (0,50%).

As menores taxas foram constatadas em Curitiba (0,33%), Porto Alegre (0,36%) e Salvador (0,47%). Em São Paulo, o índice desacelerou de 0,55% em janeiro para 0,37% em fevereiro, devido à queda do preço doas alimentos na região, explicou Eulina.





Fonte: Folha Online

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