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Segunda - 10 de Março de 2008 às 14:47
Por: Silvia Ribeiro

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Promotoria acusa ex-presidente do Corinthians, Alberto Dualib, de desviar recursos do clube em sua gestão

A 15ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público contra o ex-presidente do Sport Club Corinthians Alberto Dualib, três ex-integrantes da direção do clube e um empresário por formação de quadrilha, estelionato e concurso material de delitos.

A denúncia, encaminhada à Justiça no dia 28 de fevereiro, foi aceita na sexta-feira (7) pelo juiz Marcelo Semer. O processo deve correr em segredo de Justiça. Interrogatório com os acusados foi marcado para o dia 23 de abril deste ano.

De acordo com a denúncia, assinada por quatro promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, os suspeitos teriam desviado do Corinthians R$ 1.433.333,00 (conforme notas fiscais friais, citadas em relatório da polícia) até R$ 5,4 milhões (valor estimado pelo MP com base no relato de testemunhas).

A denúncia baseia-se em inquérito do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) que concluiu que o valor corresponde a notas fiscais frias emitidas por quatro empresas prestadoras de serviço que, no entanto, não teriam executado os trabalhos para o clube. As empresas suspeitas, apontadas na denúncia, são consultorias de contabilidade e informática.

As notas, emitidas entre janeiro de 2001 e janeiro de 2007, foram apreendidas pela polícia nas empresas citadas no inquérito. Ao todo, foram emitidas 264 notas fiscais, com valores que variam entre R$ 1,2 mil e R$ 14,5 mil.

Os promotores também consideraram notas fiscais que, embora não apreendidas, foram descobertas a partir da análise de lançamentos em fichas financeiras do Corinthians.

- A despreocupação da quadrilha era tamanha e todos estavam tão seguros da absoluta impunidade, que, embora as empresas fossem diversas, com finalidades diferentes, as grafias lançadas no corpo das notas fiscais provinham, sempre, de um mesmo punho -afirmam os promotores na denúncia, citando laudo pericial.

De acordo com as investigações, o dinheiro era dividido proporcionalmente entre os suspeitos. Os valores, diz a denúncia, seriam justificados por meio de salários, vantagens pessoais ou serviços de assessoria que nunca se realizaram.

Outro lado

No dia em que a denúncia foi encaminhada à Justiça, o advogado de Dualib José Luiz Toloza negou as acusações. "Foi tudo injusto. Seu Dualib nunca fez nada disso", afirmou ele ao G1.





Fonte: G1

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