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Cidades/Geral
Segunda - 10 de Março de 2008 às 07:50

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O grande problema de logística que é enfrentado todos os anos pelos produtores de Mato Grosso para escoamento da safra ainda está longe de ter solução. Isso porque, apesar dos governos estadual e federal estarem tomando algumas medidas no sentido de melhorar a situação da malha viária do Estado, obras estão paralisadas principalmente por questões ambientais, que tem sido considerado o grande obstáculo à melhoria de hidrovias e funcionamento de portos que seriam essenciais para dar agilidade e baratear o processo de escoamento. Sem falar na ferrovia, que está parada em Alto Araguaia sem continuação dos trilhos até Rondonópolis por falta de recursos da detentora da concessão, a América Latina Logística (ALL), para a obra.

O secretário de Estado de Infra-estrutura, Vilceu Marcheti, aponta que no caso das rodovias, o problema está tanto nas federais, quanto nas estaduais. "Pelo tamanho de Mato Grosso, deveríamos ter hoje algo em torno de 7,5 mil quilômetros de rodovias federais, sendo que 95% delas pavimentadas". No total, as estradas federais que cortam o Estado somam 4,878 mil quilômetros, dos quais 3,321 mil quilômetros (68%) são pavimentados. Ele frisa ainda que essas rodovias se concentram no eixo Norte/Sul e seria importante que houvessem também estradas ligando o Estado no sentido Leste/Oeste (da BR 163 à BR 158), o que permitiria o acesso da produção a todos os corredores de escoamento.

Já as rodovias estaduais somam 28 mil quilômetros, dos quais apenas 4 mil quilômetros, ou 14,2%, estão asfaltados. Conforme o secretário, o ideal seria que pelo menos 50% da malha fosse pavimentada. A maior parte disso, 55% ou 1,343 mil quilômetros, foram asfaltados por meio de parceria com o produtores rurais, nos consórcios. Ao todo, o governo estadual dispõe de aproximadamente R$ 240 mil por ano para manutenção de rodovias de terras e pavimentadas, desenvolvimento de novos projetos e investimento em pavimentação. São R$ 200 mil do Fundo Estado de Transporte e Habitação (Fethab) e R$ 40 mil da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), imposto federal que incide sobre os combustíveis.

O dinheiro não é suficiente. Tanto que o governo recorre a parcerias com os produtores para pavimentar as estradas. E são os mesmos produtores que desembolsam recursos para esses consórcios que pagam o Fethab por meio da taxação de soja, algodão, madeira e gado em pé.





Fonte: A Gazeta

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