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Economia
Domingo - 09 de Março de 2008 às 16:23

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As exportações brasileiras de couros em 2007 cresceram 17%, aumentando de US$ 1,87 bilhão para US$ 2,19 bilhões, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“Esse resultado é histórico (por romper a barreira dos US$ 2 bilhões) e emblemático (por, pela primeira vez, apresentar uma contribuição 15% maior do que o setor de calçados para a geração de divisas para o país), dando visibilidade à real importância do setor para a economia nacional”, destaca o presidente do CICB, Luiz Bittencourt, lembrando que o desempenho do setor é reflexo da estratégia acertada da indústria curtidora, cada vez mais focada nos mercados de maior valor agregado, como os setores automotivo e de móveis, que hoje demandam mais de 60% da produção nacional. “O setor se antecipou e soube capitalizar o aquecimento da demanda mundial pelo couro”, analisa ele.

“A indústria brasileira de processamento de couros está aumentando, de forma crescente e consistente, sua participação no mercado mundial, a despeito das dificuldades representadas pelas altas taxas de juros, pesada carga fiscal, sobrevalorização do real frente o dólar e pela morosidade no ressarcimento dos créditos fiscais acumulados nas exportações”, diz Bittencourt.

Os embarques de peças de maior valor agregado (semi-acabado e acabado) representaram participação acima de 67% do total da receita das exportações brasileiras, contra 64% em 2006. O saldo da balança comercial do setor curtidor alcançou US$ 2 bilhões, em 2007, contra US$ 1,7 bilhão em 2006 (crescimento de 17%).

DIFICULDADES - 2007 foi um ano extremamente difícil para o setor curtidor brasileiro, que enfrenta os mesmos problemas que prejudicam os setores têxteis, moveleiro e calçadista. Para 2008, a expectativa é de que o mercado internacional continue aquecido e o setor curtidor continue a gerar crescentes divisas ao País. “Apesar da redução prevista, de 5% a 10% no abate para a reposição do rebanho bovino, a indústria brasileira deverá se expandir por meio da compensação de preços”, estima.





Fonte: Diário de Cuiabá

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