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Economia
Domingo - 09 de Março de 2008 às 13:22
Por: Fabiana Reis

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Mato Grosso produzirá na safra 2008/2009 a maior quantidade de cana-de-açúcar dos últimos seis anos. Serão processadas 15,840 milhões de toneladas que resultará, também na maior produção de álcool e açúcar desde o plantio 2003/2004. Apesar de registrar a maior quantidade no intervalo, a variação sobre a safra 2007/2008 é de apenas 6,1%, ante as 14,927 milhões de (t) que foram colhidas.

Os dados fazem parte do levantamento de safra realizado pelo Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT) que pesquisa 11 unidade produtoras no Estado. No plantio que vem serão cultivados 216,037 mil hectares, dos quais 212,889 mil (ha) serão destinados à produção de álcool e açúcar, e o restante 3,148 mil (ha) serão destinados à produção de mudas. Se comparada à área plantada na safra 2007/2008, quando foram cultivados 199,870 mil (ha), o crescimento é de 8%.

O diretor-executivo do Sindalcool, Jorge dos Santos, afirma que mesmo com o crescimento, o cenário não está positivo, isso porque vários fatores devem ser levados em consideração para avaliar a atividade canavieira. Ele cita por exemplo, que no ano passado havia grande quantidade de álcool para ser exportado, cuja venda não foi concretizada. Com isso houve excesso de oferta do produto no mercado, provocando a depreciação nos preços.

"No ano passado tivemos álcool vendido na bomba a R$ 1,05, sendo que o ideal é o preço praticado na entressafra, que é em torno de R$ 1,60", diz Santos ao explicar que a "crise" no setor é ocasionado principalmente porque não há políticas públicas para serem aplicadas no setor. Ele cita que não existem tanques para se armazenar a produção em excesso durante a safra e que pode ser vendida na entressafra, o que acarretaria na manutenção dos preços durante todo o ano.

"Assim o produtor não perderia tanto durante o período de maior oferta no mercado", diz o diretor, ao explicar que ocorre muito de os produtores produzirem muito em um ano e no ano seguinte haver superoferta, derrubando os preços. No ano subsequente, ele deixa de plantar e o preço aumenta. O produtor volta a plantar e o preço cai, obedecendo um ciclo que não muda a situação do segmento.





Fonte: A Gazeta

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